O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer aproveitar a sabatina do procurador-geral da República, Paulo Gonet, para agilizar a aprovação de seu novo escolhido ao STF (Supremo Tribunal Federal). As informações são do jornalista Gustavo Uribe, da CNN Brasil.
Gonet foi indicado por Lula para ser reconduzido por dois anos no cargo e precisará passar por todo o rito da primeira indicação novamente. Após a sabatina e a votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, o nome dele vai direto para a análise do plenário da Casa.
Como a aprovação de um novo mandato a Gonet tem respaldo consolidado no Senado, a ideia é realizar as duas sabatinas na mesma semana, ou até no mesmo dia, mobilizando a base aliada para um esforço concentrado.
A estratégia foi utilizada em 2023, nas sabatinas de Paulo Gonet e Flávio Dino, e em 1989, de Celso de Mello e Aristides Junqueira. A sabatina conjunta, ou na sequência, agiliza o processo, já que os integrantes da CCJ costumam fazer menos perguntas por causa do tempo.
A sabatina de Gonet foi marcada para 12 de novembro. Por isso, Lula quer definir e anunciar seu escolhido para a Suprema Corte o mais rápido possível, com chance de fazê-lo já na semana que vem, após viagem à Itália.
O ministro-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, é o favorito hoje do presidente para suceder o ministro Luís Roberto Barroso após o anúncio de aposentadoria antecipada no STF.
A despeito de Messias ser o candidato mais forte, também são cotados para o posto o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Bruno Dantas e a presidente do STM (Superior Tribunal Militar), Maria Elizabeth Rocha.
Nos bastidores do STF, o nome de Messias é dado como certo. Os ministros têm lembrado que Lula, na ocasião em que nomeou Flávio Dino, já havia sinalizado que o AGU seria o seu próximo escolhido, se houvesse oportunidade.
Barroso anunciou na quinta-feira (9), no fim da sessão plenária do Supremo, que vai deixar o tribunal nos próximos dias. Indicado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), o ministro está há 12 anos na Corte.
Fonte: CNN Brasil



