
Sem o apoio do presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), o projeto de lei da anistia entrou em impasse e não tem previsão de apresentação do texto final.
A pressão dos partidos de oposição era para que a proposta fosse apresentada nesta semana, mas o relator negou à CNN a perspectiva.
Nem mesmo uma reunião do deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do texto, com o presidente do Senado aconteceu. Alcolumbre resiste ao encontro.
Na Casa Legislativa, a defesa de senadores tanto de esquerda como de centro é de que a tramitação do texto tenha início no Senado.
Assim, a perspectiva é de que a proposta só beneficie com a mudança de dosimetria os envolvidos diretamente nos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023, e não os mentores intelectuais.
Paulinho já reconheceu que o texto da Câmara deve beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um ponto que encontra resistência no Senado.
A ideia é de que o texto só volte a ser discutido após a tramitação da proposta que eleva para R$ 5 mil a taxa de isenção da tabela do Imposto de Renda.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já pediu ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que a proposta tenha celeridade.
A expectativa é de que ela seja votada nesta quarta-feira (1º). O PL (Partido Liberal) ainda não decidiu se irá obstruir a votação para pressionar pelo projeto de lei da anistia.
Fonte: CNN Brasil