Novas diretrizes redefinem níveis da pressão arterial e reforçam importância da prevenção

Foto: Pixabay

A pressão arterial ganhou uma nova classificação no Brasil após atualização conjunta da Sociedade Brasileira de Cardiologia, da Sociedade Brasileira de Nefrologia e da Sociedade Brasileira de Hipertensão.

Agora, a pressão é dividida em três níveis: normal, quando está abaixo de 12 por 8; pré-hipertensão, entre 12 por 8 e 13 por 9; e hipertensão, a partir de 14 por 9.

De acordo com o cardiologista Arthur Carvalho, a mudança tem como objetivo identificar precocemente pessoas em risco cardiovascular.

“A pressão alta ainda é considerada igual ou superior a 14 por 9. Mas aqueles pacientes com pressão acima de 12 por 8 e abaixo de 14 por 9 já são classificados como pré-hipertensos”, explicou.

A hipertensão é uma doença silenciosa e está entre as principais causas de infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Nessa fase inicial, o tratamento não envolve medicamentos, mas a adoção de um estilo de vida mais saudável. Entre as recomendações médicas estão boas noites de sono, alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e controle do estresse.

Na prática, esse alerta já começa a se refletir no aumento da procura por academias. O educador físico Emerson Silva observa que muitos alunos chegam motivados pela preocupação em controlar a pressão e evitar complicações.

“A procura cresceu bastante. Antes, os pacientes não levavam tão a sério a recomendação médica de fazer atividade física. Hoje, já entendem que o exercício ajuda não só no controle da pressão, mas também da obesidade, do estresse e de outras doenças”, disse.

A bancária Lana, que sempre manteve uma rotina de exercícios, conta que se surpreendeu ao saber que 12 por 8 já é considerado pré-hipertensão em pessoas com obesidade ou problemas cardíacos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma pessoa morre por doenças do coração a cada 90 segundos no mundo. Ainda de acordo com a entidade, 80% dessas mortes poderiam ser evitadas com mudanças simples de hábitos e acompanhamento médico regular.

Por isso, os especialistas reforçam a importância de consultas periódicas.

“É essencial que cada pessoa faça acompanhamento anual com o cardiologista, para verificar a pressão e adotar os cuidados necessários para prevenir doenças cardiovasculares”, destacou Arthur Carvalho.

Deu no Portal da 98

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