Rogério Marinho aposta no legislativo para reverter condenações

Relator do projeto que concede anistia aos participantes de manifestações reivindicatórias de motivação política (PL 2162/23), o deputado federal Paulinho da Força (SDD-SP), vem discutindo com lideranças partidárias e políticas na construção de um texto de consenso para pacificar o país.

O líder da oposição no Senado Federal, senador Rogério Marinho (PL-RN) diz que depois da condenação e com a ineligibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, “estamos depositando as nossas esperanças de que nós possamos reverter esse processo através do parlamento”.

Rogério Marinho afirma que certamente a proposta de anistia passa na Câmara Federal, mas vai aguardar a decisão de mérito, até que se chegue no Senado: “Já vimos declarações do presidente da CCJ dizendo que não vai pautar. Nós podemos obstruir o trabalho da Comissão, então não vai funcionar. Vamos chegar no impasse e em algum momento a gente vai ter que chegar a um denominador comum, porque o papel do presidente do Congresso Nacional precisa necessariamente ser de magistrado e árbitro”.

Marinho acredita que em caso de veto presidencial, a questão da anistia passa para o STF decidir, onde não vislumbram no colegiado de 11 ministros, “unanimidade para que esse pré-julgamento absolutamente inoportuno, inconstitucional, ilegal, que tem sido feito por ministro do STF, seja levado ao cabo pela unanimidade daquele colegiado”.

Já na sexta-feira (19), Paulinho da Força reuniu-se com o presidente nacional do PP, o senador piauiense Ciro Gomes, quen defende uma anista ampla, geral e irrestrita. “Esse projeto é muito importante, há muito tempo deveríamos ter decidido isso, ter virado essa página da história, nós temos um país tão dividido, sua missão não é fácil, tem pessoas que como eu que defende a ampla geral tem pessoas que defendem anistia nenhuma”,m disse o dirigente dos Progressistas para o relator.

Para Ciro Gomes, o deputado Paulinho “vai ter que fazer um projeto escutando todas as pessoas, pois é muito experiente e eu tenho certeza temos que sair desse processo muito melhor do que nós estamos hoje e que a gente faça isso o mais rapidamente possível e parar dessas discussões inúteis que não ajudam nada o nosso país”.

Paulinho da Força já havia antecipado que vai buscar dialogar com todas as bancadas, com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), com governadores e com integrantes do Supremo Tribunal Federal. Segundo o relator, não há interesse em criar nenhum tipo de conflito com os ministros do STF.

“Não sei se meu texto vai agradar ou salvar o Bolsonaro, isso é o que vamos construir, conversando com todos e tendo uma maioria. A princípio, vamos fazer algo pelo meio”, ponderou o parlamentar. “Acho que teremos o apoio da esquerda”, destacou.

Deu na Tribuna do Norte

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