O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realiza, neste domingo (14), um procedimento médico para remover lesões de pele. Bolsonaro deixou o condomínio onde mora por volta das 07h30, em um comboio com seis motos e seis viaturas da Polícia Penal do Distrito Federal.
Essa é a primeira saída de Jair Bolsonaro de sua residência, onde cumpre prisão domiciliar, após sua condenação a mais de 27 anos de prisão por cinco crimes.
Segundo o laudo médico, Bolsonaro está com “nevo melanocítico do tronco”, que é uma pinta normalmente benigna, e com “neoplastia de comportamento incerto”, ou seja, uma lesão cutânea que não é possível definir de imediato se é benigna ou maligna e por isso requer remoção para análise.
Bolsonaro teve autorização do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, na quarta-feira (10), para a realização do procedimento. A medida aconteceu antes da condenação do ex-chefe do Executivo a 27 anos e três meses de prisão, na última quinta-feira (11).
O procedimento de remoção das lesões costuma ser simples e rápido. No documento enviado ao Supremo, o médico afirma que a cirurgia deverá ser realizada em regime ambulatorial e com previsão de alta no mesmo dia.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, quando descumpriu medidas cautelares impostas pelo Supremo. Por isso precisa de autorização para sair de casa.
Esta será a segunda vez que Bolsonaro deixa a prisão domiciliar para ir ao hospital. Em 16 de agosto, saiu para fazer exames relacionados a sintomas de refluxo e soluços.
Entenda o procedimento a ser realizado por Bolsonaro
Segundo a dermatologista Natasha Crepaldi, o nevo melanocítico é “um sinal ou pinta da pele formado por melanócitos”, que são as células produtoras de pigmento. Em geral, são benignos, mas alguns têm características atípicas ou displásicas que “aumentam a necessidade de atenção”.
Já a neoplasia de comportamento incerto ou desconhecido, como especificado no laudo do ex-presidente, a especialista explica que “pode-se referir a um nevo atípico ou displásico ou uma lesão que por exame não está claramente classificada como benigna ou maligna”. Ou seja, não há confirmação de câncer, mas há necessidade de remoção ou acompanhamento mais cuidadoso.
O objetivo da cirurgia é “retirar completamente a lesão suspeita” para impedir a evolução da mancha e “permitir análise em laboratório para um diagnóstico definitivo”. Segundo a especialista, além de tranquilizar o paciente, o procedimento visa “eliminar o risco estimado” pelo possível tumor.
O procedimento é feito com anestesia local e costuma durar até 30 minutos, a depender do “tamanho da localização e da profundidade do nevo”, explica Crepaldi.
Após a cirurgia, o ex-presidente terá que retornar ao hospital para a retirada dos pontos, após cerca de 10 a 15 dias.
Fonte: CNN