Direita trabalha em duas manifestações em prol da anistia a condenados pelo 8 de Janeiro

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados trabalham em duas frentes populares a fim de pressionar o Congresso Nacional a aprovar o projeto de lei que anistia os condenados pelos atos extremistas ocorridos em Brasília em 8 de janeiro de 2023. Além do ato convocado para o Rio de Janeiro em 16 de março, às 10h, agora o grupo chama os apoiadores para outra manifestação, na Avenida Paulista, em 6 de abril, às 14h. A pauta, segundo Bolsonaro, também é a favor da liberdade de expressão.

Inicialmente, o ex-presidente desestimulava as manifestações que aconteceriam em outras capitais em 16 de março. O ato convocado para Belo Horizonte (MG), por exemplo, foi cancelado, apesar de ter o apoio do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), aliado de Bolsonaro. Há duas semanas, o parlamentar informou que o protesto não iria mais acontecer.

Em São Paulo, políticos ligados ao ex-presidente ainda convocaram atos, apesar da ação de Bolsonaro nos bastidores. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), por exemplo, apoia o ato na Avenida Paulista no dia 16. Ao R7, ela explicou que Bolsonaro não proibiu o ato. “Eu não posso deixar de fazer, pois eu fui a primeira a chamar para essa data, e SP quer participar”, declarou.

O partido Novo, que costuma atuar como aliado do ex-presidente, apoia as convocações para uma manifestação em abril, mas deve incentivar outras mobilizações no próximo 16 de março, além do ato no Rio de Janeiro. Conforme o R7 apurou, a legenda é a favor de movimentos na Paulista e em outras cidades, mas não atuará na organização.

O protesto na Paulista em abril, no entanto, pode ser uma resposta a outra manifestação convocada por pessoas ligadas a partidos de esquerda contra a anistia.

A proposta que livra os condenados pelo 8 de Janeiro tramita na Câmara dos Deputados em uma comissão especial, mas sem qualquer perspectiva de data para ser apreciada. A oposição alega ter votos para aprovar o texto, mas ainda precisa de conjuntura e vontade política para isso.

Desse modo, segundo relataram parlamentares ao R7, as manifestações da direita nas ruas poderiam “acelerar” a tramitação da proposta.

Deu no R7

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