Foto: REUTERS/Agustin Marcarian
A Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) escolheu o presidente da Argentina, Javier Milei, como “Economista do Ano” de 2025. O comunicado oficial foi entregue a Milei durante um encontro realizado nesta terça-feira (25) na Casa Rosada, em Buenos Aires. A cerimônia oficial de outorga do prêmio será realizada no Brasil, prevista para agosto deste ano.
O encontro, na sede do governo argentino, contou com a presença da ministra do Capital Humano da Argentina, Sandra Pettovello. Participaram ainda o presidente da OEB, Manuel Enríquez García, que é professor da FEA-USP, e o professor de Direito Econômico Ricardo Sayeg, presidente do Instituto do Capitalismo Humanista (ICapH).
A escolha de Milei, segundo a OEB, se dá pela atuação do chefe do Executivo argentino, que também é economista, à frente da política monetária do país. “Vossa Excelência vem atuando com sabedoria e determinação nas políticas monetárias e reguladoras, as quais têm desempenhado um papel crucial na estabilização da economia argentina em meio a tantos desafios”, disse Garcia.
“Tínhamos a missão de encontrar com o presidente Javier Milei e estreitar os vínculos com o Brasil. Para nossa grande honra, o presidente aceitou estar conosco e receber a láurea de Economista do Ano de 2025. Nossa nação não pode se isolar”, afirmou Sayeg.
A Argentina encerrou 2024 com uma taxa de inflação de 117,8%, uma redução histórica em relação aos 211,4% registrados no ano anterior.
O número, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) nesta terça-feira, 14, reflete a primeira desaceleração consistente do índice em quase uma década e é uma vitória política para o presidente Javier Milei, que assumiu a Casa Rosada em dezembro de 2023 prometendo controlar a inflação descontrolada.
Entre as medidas mais impactantes adotadas pelo governo Milei, destaca-se a austeridade fiscal. O presidente reduziu o número de ministérios pela metade, suspendeu a maioria das obras públicas e cortou repasses para saúde, educação e províncias.
Apesar de controversas, as ações começaram a produzir resultados econômicos concretos já no terceiro trimestre de 2024, quando o país saiu da recessão, registrando um crescimento de 3,9% no PIB.
Deu no O Antagonista