O servidor público David Cosac Junior foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal por agressão a uma mulher e a uma criança e afastado de suas funções na Controladoria-Geral da União (CGU) pelo período de 60 dias. A decisão administrativa foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (26) e não prevê prejuízo salarial durante o afastamento.
O caso ocorreu no estacionamento de um prédio residencial em Águas Claras, no Distrito Federal, a cerca de 21 quilômetros da região central de Brasília. As agressões foram registradas por câmeras de segurança do local e chegaram ao conhecimento das autoridades por meio de uma denúncia anônima.
Segundo a Polícia Civil, David Cosac Junior foi indiciado por lesão corporal contra a mulher, com quem mantinha um relacionamento, e contra o filho dela, uma criança de quatro anos de idade. O inquérito foi conduzido pela Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da 21ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga Sul.
Paralelamente à investigação criminal, a CGU instaurou procedimento administrativo e determinou o afastamento temporário do servidor. Em nota, o órgão informou que a medida foi adotada para permitir a apuração dos fatos e preservar o ambiente institucional.
O afastamento ocorreu após manifestação pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que cobrou providências em relação ao caso. Em publicação nas redes sociais, o presidente afirmou que servidores públicos devem manter conduta compatível com o cargo que ocupam, tanto no ambiente de trabalho quanto fora dele.
As apurações também incluíram depoimento da vítima ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Segundo as declarações, episódios de agressão não eram recorrentes, mas o ocorrido envolvendo a criança motivou o encerramento do relacionamento. A vítima informou ainda que abriu mão de medida protetiva, solicitando apenas que fosse estabelecida restrição de aproximação do agressor em relação à criança. O caso segue em investigação nas esferas criminal e administrativa.
Fonte: R7




