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O corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell (STJ), determinou o afastamento do desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, do TRF-2, preso na segunda fase da Operação Unha e Carne. A decisão aponta risco direto à imagem do Judiciário caso o magistrado permanecesse no cargo.
Macário é suspeito de vazar informações sigilosas da Operação Zargun para o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias. À época, o desembargador era relator do processo contra o parlamentar, o que agrava a suspeita.
Segundo a investigação, o magistrado estava com o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar, quando o deputado teria ligado para alertar TH Joias sobre a operação.
Na decisão, o corregedor afirma que o afastamento cautelar se justifica não apenas para evitar novos atos, mas também porque as condutas já praticadas têm potencial de “macular a imagem do Poder Judiciário” e abalar a confiança da população. Em termos simples: o dano institucional já estaria feito.
Segundo afastamento
Este é o segundo afastamento de Macário da magistratura. Em 2005, ele foi retirado do cargo por suspeita de envolvimento em um esquema de venda de sentenças ligado à máfia dos caça-níqueis, ficando afastado por 18 anos.
Apesar de absolvido em 2015 na esfera penal, continuou fora do cargo por causa de um processo administrativo disciplinar e só retornou há cerca de dois anos.
Deu no Metrópoles



