PT mira Estado forte e promete enfrentamento ao rentismo em eventual 4º mandato de Lula

Foto: PT/Divulgação

O PT apresentou uma nova versão da sua “Resolução Política”, documento que servirá de base para o congresso nacional da legenda em abril de 2026. O texto reforça que, em um eventual 4º mandato de Lula, o Estado deve assumir papel central na economia, impulsionando o desenvolvimento e enfrentando o que o partido classifica como “rentismo”, responsável por travar o crescimento e concentrar renda. A sigla também defende uma reforma tributária progressiva — que aumente impostos sobre os mais ricos — e pressiona por uma forte redução nos juros reais.

A resolução aponta reformas estruturais como prioridade, citando atualização do PAC, fortalecimento da Nova Indústria Brasil, avanço na transição energética e criação de um Ministério da Segurança Pública — proposta que divide o governo. O documento também mira diretamente as big techs, defendendo regulação rígida, soberania digital e um novo modelo de transparência algorítmica para combater desinformação e o que chama de “favorecimento à extrema direita” nas plataformas.

No diagnóstico político, o PT afirma que a direita brasileira atua em alinhamento com movimentos internacionais e cita a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro como marco que “recoloca o bolsonarismo em xeque”, embora reconheça que o grupo segue articulado. O partido também acusa governadores, com destaque para Tarcísio de Freitas, de “sabotar” políticas federais e transformar São Paulo em laboratório de um projeto neoliberal.

A legenda ainda trata as eleições de 2026 como decisivas e defende a reeleição de Lula como “condição indispensável” para conter a extrema direita. O plano inclui ampliar a presença no Congresso, reorganizar estruturas partidárias nos estados, reforçar a comunicação digital, criar políticas voltadas a trabalhadores de aplicativos e defender novas regras trabalhistas — como o fim da escala 6×1. Para o PT, o país precisa de um projeto capaz de unir soberania, inclusão social e forte intervenção estatal.

Com informações do Poder360

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