As ruas da Cidade Alta, no centro histórico de Natal, ficaram tomadas por fiéis na tarde desta sexta-feira (21), feriado municipal dedicado a Nossa Senhora da Apresentação, padroeira da capital potiguar. A tradicional procissão movimentou o bairro e reuniu peregrinos de várias partes da cidade.
A caminhada religiosa teve início por volta das 16h, partindo da Antiga Catedral. Antes da saída, devotos participaram de momentos de louvor e da acolhida organizada para receber os participantes da procissão.
O encerramento da programação acontece na Catedral Metropolitana, onde está prevista, às 18h, a missa de conclusão da Festa de Nossa Senhora da Apresentação, presidida pelo arcebispo de Natal, Dom João Santos Cardoso.
Para finalizar as homenagens, um show pirotécnico está marcado para as 19h30, também na área da Catedral, fechando oficialmente as celebrações em honra à padroeira da cidade.
Procissão fluvial
A madrugada desta sexta-feira (21) começou com uma das maiores tradições do calendário religioso de Natal. Antes do amanhecer, embarcações cruzaram o Rio Potengi na tradicional procissão fluvial que marca a abertura do Dia de Nossa Senhora da Apresentação.
As celebrações da festa, iniciadas em 11 de novembro, tiveram início nesta sexta já à meia-noite, com uma salva e uma vigília. Por volta das 3h30, os barcos partiram para o cortejo pelas águas do Potengi, encerrado com uma missa na Pedra do Rosário. A procissão recorda o episódio de 1753, quando pescadores encontraram a imagem da santa no rio.
Origem da devoção
De acordo com a Arquidiocese de Natal, a história que inspira a festa remonta ao século XVIII. Na manhã de 21 de novembro de 1753, pescadores localizaram um caixote encalhado em uma pedra na margem direita do Rio Potengi, próximo à Igreja do Rosário. Dentro dele estava a imagem de Nossa Senhora segurando o Menino Jesus.
O vigário da época, padre Manoel Correia Gomes Pressurroso, levou a peça para a Matriz e identificou que se tratava de uma representação de Nossa Senhora do Rosário. No entanto, como a data coincidia com a celebração da apresentação de Maria no Templo, a imagem passou a ser venerada como Nossa Senhora da Apresentação.
A tradição também registra que o caixote trazia a inscrição: “No ponto onde der este caixão não haverá nenhum perigo”.
