Foto: Anna Moneymaker/Getty Images
O governo dos Estados Unidos iniciou uma nova ofensiva militar na América Latina, determinada pelo presidente Donald Trump, com o objetivo de combater grupos classificados como “narcoterroristas”. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (13) pelo chefe do Pentágono, Pete Hegseth, que revelou que a ação recebeu o nome de Operação Lança do Sul e será conduzida pelo Comando Sul (SOUTHCOM), responsável pelas missões norte-americanas no continente.
Segundo Hegseth, a operação tem caráter estratégico e busca “proteger o hemisfério ocidental” e impedir que organizações criminosas avancem sobre áreas de interesse dos EUA. A escalada ocorre após meses de movimentações militares na região, incluindo o envio de navios de guerra, caças F-35 e do porta-aviões USS Gerald R. Ford ao Caribe. Nesse período, os EUA afirmam ter realizado 19 ataques contra embarcações supostamente ligadas ao tráfico, que resultaram em pelo menos 80 mortos — sem divulgação de provas que confirmem a relação dos alvos com o crime.
A retórica mais agressiva do governo Trump coincide com acusações recentes contra líderes latino-americanos. A Venezuela é o principal foco da Casa Branca, após Washington apontar o presidente Nicolás Maduro como chefe do cartel Los Soles, classificado pelo governo americano como organização terrorista. A medida abre espaço para operações militares além das fronteiras dos EUA e amplia a tensão diplomática entre os dois países.
A Colômbia também entrou no radar norte-americano. Trump declarou que Gustavo Petro seria “líder do tráfico”, afirmação que o governo colombiano interpretou como uma tentativa de interferência política. Com a Lança do Sul oficialmente em andamento, cresce a expectativa sobre possíveis operações terrestres e o impacto da ofensiva na já delicada relação dos EUA com países da América Latina.
Com informações do Metrópoles




