ONU dá puxão de orelha no Brasil e critica segurança e estrutura da COP30

Foto: Aline Massuca/COP30

A ONU não poupou críticas à organização da COP30 no Brasil. Em carta enviada ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao presidente da COP30, André Corrêa do Lago, e ao governador do Pará, Helder Barbalho, o secretário-executivo da UNFCC, Simon Stiell, exigiu medidas urgentes de segurança e melhorias na infraestrutura do evento. O alerta veio após manifestantes invadirem a Blue Zone, área oficial de negociações, na noite de terça-feira (11).

O episódio expôs falhas graves: delegações reclamam de falta de água nos banheiros e problemas de refrigeração desde o primeiro dia. Segundo a ONU, é necessário reforçar perímetros de segurança e garantir proteção adequada aos participantes. A carta, inicialmente revelada pela Bloomberg e confirmada pela CNN, pediu confirmação de que as medidas seriam implementadas imediatamente.

Em resposta, a Casa Civil explicou que a segurança interna é responsabilidade da UNDSS, órgão da ONU, mas detalhou ações emergenciais: ampliação do perímetro entre as Zonas Azul e Verde, reforço com Força Nacional e Polícia Federal, instalação de gradis e barreiras metálicas, além de climatização extra nas tendas e correções de goteiras e vazamentos. O governo garante que todos os pedidos da ONU vêm sendo atendidos e monitorados diariamente.

O episódio deixa claro que, mesmo para um país sede, organizar um evento global como a COP30 exige atenção máxima. Problemas de logística e segurança podem gerar constrangimento internacional e colocar em xeque a capacidade do Brasil de receber eventos de grande porte.

Deu na CNN

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