Se depender da origem, Gabriel Bortoleto tem o caminho aberto para vencer na Fórmula 1. Dos 101 triunfos brasileiros, 78 foram conquistados por pilotos de ascendência italiana, que também somam 5 títulos mundiais: Emerson Fittipaldi (bicampeão), José Carlos Pace, Ayrton Senna (tricampeão), Rubens Barrichello e Felipe Massa. A exceção é Nelson Piquet. Corrida começa às 14h, neste domingo (9).
O resultado dos brasileiros, cujos ancestrais familiares vieram da Itália, é bem melhor do que o dos próprios italianos que contam com um campeão mundial, Giuseppe Farina (1950), e um bicampeão Alberto Ascari (1952 e 1953). Ao todo, os pilotos italianos venceram 43 corridas na história da F1.
Do lado materno, os bisavós de Bortoleto são italianos. Piloto da Sauber e uma das revelações da temporada. Como Ayrton Senna, preferiu usar o sonoro nome da mãe como piloto profissional. O sobrenome do pai de Bortoleto, Lincoln, é Oliveira. E o pai de Senna, Milton, é Silva.
O lado paterno do primeiro campeão mundial pelo Brasil, Emerson Fittipaldi, veio de Trecchina, na Basilicata, onde nasceu a bisavó do piloto, mãe do ‘barão’ Wilson Fittipaldi. Emerson, que tem passaporte italiano, chegou a candidatar-se a senador no país, representando a América do Sul.
José Carlos Pace, por sua vez, cuja única vitória na F1 em Interlagos está comemorando 50 anos, era filho de Angelo Pace, imigrante italiano. A mãe, Amélia, era de origem italiana.
Ayrton Senna, por parte de mãe, Neyde Joanna, tinha avós italianos, vindos da Toscana e Sicília. Ayrton sempre valorizou a origem italiana – falava o idioma fluentemente.
Rubinho Barrichello, que realizou o sonho de Ayrton, correndo pela Ferrari, tem nacionalidade italiana. Seu avô paterno, Giovanni, veio de Riese Pio X, na província de Treviso.
E Felipe Massa, que também tem a honra de ter sido piloto ferrarista, vem de uma família italiana. Os avós paternos vieram de Cerignola, na região de Puglia. Massa, como Rubinho e Emerson, também possui passaporte italiano. Detalhe: fora Rubinho, todos os ‘ítalo-brasileiros’ venceram em Interlagos.
Deu no Estadão
