Do Rio de Janeiro, traficantes da Paraíba ligados ao CV coordenaram ataque a ônibus e monitoramento da polícia por câmeras

FOTO: DIVULGAÇÃO

Em 18 de julho de 2023, dois homens armados incendiaram um ônibus no bairro Padre Zé, em João Pessoa, na Paraíba, mantendo seis pessoas reféns. Eles espalharam combustível e atearam fogo no veículo. Duas pessoas ficaram feridas, e o motorista, com 54% do corpo queimado, morreu dois dias depois. A Polícia Civil descobriu que a ordem para o ataque partiu de um presídio do Rio de Janeiro. Lucian da Silva Santos, o Galo, apontado como conselheiro do Comando Vermelho na Paraíba, foi transferido e indiciado.

O crime aparece em relatório policial enviado à Justiça em julho de 2024, que detalha a expansão do CV na Paraíba após o rompimento com a facção local Nova Okaida. O incêndio teria sido uma tentativa do CV de incriminar os rivais e forçar a transferência do chefe do grupo para o sistema federal.

— O Comando Vermelho rompeu com a facção daqui e conseguiu converter traficantes da Nova Okaida para ele. Prometeu chefia, dinheiro e poder e permitiu a ida desses integrantes para o Rio, onde passam por especialização para replicar o crime e lavar dinheiro com acesso ao aparato do Rio — explica o delegado Diego Beltrão, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Paraíba.

O relatório também cita Flávio de Lima Monteiro, o Fatoka ou Amigão, outro conselheiro do CV na Paraíba, que estaria escondido em uma comunidade da Zona Norte do Rio enquanto comanda crimes em Cabedelo, na Grande João Pessoa, área com porto explorado pela facção. Ele lidera a Tropa do Amigão, e teria criado um grupo de WhatsApp para ordenar ofensivas contra a Nova Okaida, incluindo três assassinatos em setembro de 2023.

Fonte: Extra

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