A megaoperação da forças de segurança pública nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, já tem mais de 60 mortos, dentre eles 18 criminosos, e ao menos 81 presos, de acordo com balanço mais recente do governo carioca. A força-tarefa mira criminosos que integram o Comando Vermelho (CV) – uma das maiores facções do Brasil.
Conforme o governo do Rio, 81 criminosos foram presos e 42 fuzis foram apreendidos. Dentre os mortos na operação, quatro são policiais. O TEMPO busca contato com o Executivo carioca para atualizar a contagem de óbitos.
Em coletiva à imprensa, o governador Cláudio Castro afirmou que trata-se da maior operação da história do estado. “Temos mais de 2.500 homens escalados, trabalhando nos Complexos do Alemão e da Penha, em uma área de 9 milhões de metros quadrados que corresponde a duas vezes o bairro de Copacabana”, disse em coletiva.
Castro ainda classificou os alvos da operação como ‘narcoterroristas”. “É uma guerra que está passando dos limites, é uma luta que já extrapolou toda a ideia de segurança”, acrescentou Castro. A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como “Belão do Quitungo”, foi preso na área da Chatuba da Penha. “Ele é apontado como 01 da comunidade do Quitungo, na mesma região”, informou a corporação.
A operação, chamada de contenção, tem a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). O órgão, inclusive, denunciou 67 pessoas pelo crime de associação para o tráfico, e três homens também foram denunciados por tortura.
“A operação é resultado de investigação sobre as principais lideranças do Comando Vermelho no Complexo da Penha. De acordo com o GAECO/MPRJ, por estar localizado próximo a vias expressas e ser ponto estratégico para o escoamento de drogas e armamentos, o complexo de favelas se tornou uma das principais bases do projeto expansionista da facção criminosa, especialmente em comunidades da região de Jacarepaguá”, destacou o MP.
O principal alvo é Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca. O homem é apontado como a principal liderança do Comando Vermelho no Complexo da Penha e em outras comunidades da Zona Oeste, como Gardênia Azul, César Maia e Juramento.
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