A nomeação de Guilherme Boulos (Psol-SP) para a Secretaria-Geral da Presidência consolidou a 13ª mudança no primeiro escalão do governo Lula desde o início do atual mandato. O deputado, que será o novo responsável pela interlocução com movimentos sociais, substitui Márcio Macêdo, cuja saída foi confirmada na segunda-feira (20). A troca foi oficializada no Diário Oficial da União desta terça (21).
As alterações na Esplanada começaram ainda em abril de 2023, quando o general Gonçalves Dias deixou o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) após a divulgação de vídeos que o mostravam durante os atos de 8 de janeiro. Desde então, o presidente tem realizado uma série de mudanças motivadas por crises internas, rearranjos políticos e negociações com o Congresso.
A substituição mais recente antes de Boulos havia ocorrido no Ministério das Mulheres, onde Cida Gonçalves foi exonerada após denúncias de assédio moral — que ela nega. O cargo foi ocupado por Márcia Lopes, ex-ministra do Desenvolvimento Social.
Além dessas, saíram nomes importantes como Nísia Trindade, Flávio Dino e Paulo Pimenta. Com Boulos, Lula tenta fortalecer o elo com movimentos populares e reafirmar o perfil político de seu governo.
Ao todo, 13 pastas tiveram trocas desde 2023: Gabinete de Segurança Institucional (Gonçalves Dias por Marcos Antônio Amaro), Direitos Humanos (Silvio Almeida por Macaé Evaristo), Turismo (Daniela do Waguinho por Celso Sabino), Esportes (Ana Moser por André Fufuca), Portos e Aeroportos (Márcio França por Silvio Costa Filho), Justiça (Flávio Dino por Ricardo Lewandowski), Secretaria de Comunicação (Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira), Saúde (Nísia Trindade por Alexandre Padilha), Relações Institucionais (Padilha por Gleisi Hoffmann), Comunicações (Juscelino Filho por Frederico de Siqueira Filho), Previdência Social (Carlos Lupi por Wolney Queiroz), Mulheres (Cida Gonçalves por Márcia Lopes) e Secretaria-Geral da Presidência (Márcio Macêdo por Guilherme Boulos).
Com informações do Poder 360