Até setembro, Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, se apresentava como estudante de Direito em uma faculdade particular. Hoje, é apontada pelo Ministério Público como uma “serial killer”, acusada de assassinar ao menos quatro pessoas com veneno em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Segundo a Promotoria, os crimes ocorreram entre janeiro e maio deste ano. As vítimas identificadas são Marcelo Hari Fonseca e Maria Aparecida Rodrigues, em Guarulhos (SP); Neil Corrêa da Silva, em Duque de Caxias (RJ); e o tunisiano Hayder Mhazres, em São Paulo. Exames periciais devem confirmar o tipo de substância usada. Pelo menos três corpos serão exumados para análise.
As investigações indicam que Ana Paula teria contado com a ajuda da irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e de Michelle Paiva da Silva, filha de uma das vítimas. As duas também foram presas preventivamente. Segundo o MP, o trio se aproximava das vítimas fingindo amizade ou envolvimento amoroso, com o objetivo de ficar com os bens delas.
Na denúncia, os promotores Rodrigo Merli Antunes e Vania Cáceres Stefanoni afirmam que Ana Paula representa “uma verdadeira assassina em série” e pedem sua manutenção em prisão preventiva, alegando risco de novos crimes.
A universitária foi presa pela primeira vez em 9 de julho, após tentar envenenar colegas de turma com um bolo. Ela teria confessado que queria incriminar a esposa de um policial militar, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal. A partir dessa investigação, a polícia descobriu o vínculo com as quatro mortes anteriores.
“Ana Paula não era vítima, mas uma serial killer”, afirmou o delegado Halisson Ideiao Leite, do 1º DP de Guarulhos.
Atualmente, Ana Paula está presa em São Paulo; Roberta, em Guarulhos; e Michelle, detida em Duque de Caxias, deve ser transferida nos próximos dias. As três seguem investigadas pelo Ministério Público de São Paulo e do Rio de Janeiro por homicídio qualificado e associação criminosa.
Fonte: G1