O número de incêndios florestais no Rio Grande do Norte cresceu 52% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024. De acordo com dados do Corpo de Bombeiros Militar, já foram registrados mais de 840 focos em todo o estado. Somente na última semana, quatro incêndios ocorreram na região do Alto Oeste Potiguar.
Segundo o coronel Avelino, do Corpo de Bombeiros, o aumento está ligado às condições climáticas e ao uso irregular do fogo.
“Tivemos um período de chuvas maior do que o comum nos outros anos. Isso fez crescer a vegetação, que agora, com a seca, se transformou em combustível para o fogo. Além disso, ainda há pessoas que limpam terrenos usando fogo e acabam perdendo o controle das chamas”, explicou.
O Governo do Estado lançou um programa de prevenção para reduzir as queimadas e proteger o meio ambiente. No entanto, os impactos vão além dos danos ambientais e já atingem a saúde da população. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) registrou aumento no número de atendimentos por alergias e doenças respiratórias nas últimas semanas.
A diretora de Vigilância em Saúde, Diana Rego, destacou que a tendência é observada todos os anos a partir de setembro.
“Percebemos, na série histórica, um aumento tanto de queimadas quanto de internações por doenças respiratórias relacionadas a esses incêndios. Por isso, emitimos uma nota de alerta para sensibilizar a população”, afirmou.
O Corpo de Bombeiros reforça que provocar queimadas é crime ambiental e pede que a população denuncie qualquer foco de incêndio pelo número 193. “Se presenciar um incêndio, não tente apagar. Ligue para o Corpo de Bombeiros. Essa é nossa missão: salvar vidas e proteger o patrimônio”, alertou o coronel Avelino.
Deu no Portal da 98
