CPMI deve ouvir ex-presidente do INSS demitido após operação da PF

Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deve ouvir, nesta segunda-feira (13), o ex-presidente da autarquia Alessandro Antonio Stefanutto. A oitiva está marcada para as 16h.

Stefanutto foi demitido assim que a CGU (Controladoria-Geral da União) e a PF (Polícia Federal) deflagraram uma operação contra um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.

A oitiva é considerada central para entender a responsabilidade do INSS em meio ao esquema.

O presidente do colegiado, Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que, caso Stefanutto não compareça à CPMI, pedirá à advocacia da Casa que entre com pedido de condução coercitiva.

Stefanutto ficou no cargo entre julho de 2023 e abril de 2025, quando sua permanência se tornou insustentável após ser alvo de busca e apreensão. Senadores e deputados pretendem questionar onde o controle falhou para permitir que as fraudes persistissem.

Também para esta segunda está programado o depoimento de André Paulo Félix Fidelis, ex-diretor de benefícios e relacionamento com o cidadão do INSS. A presidência do colegiado, a depender da presença de ambos os convocados, deve decidir a ordem das oitivas e se as duas ocorrerão no mesmo dia.

Sindicato de irmão de Lula

Na última quinta-feira (9), a CPMI ouviu o presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical), Milton Baptista de Souza Filho.

O irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, é diretor vice-presidente da entidade.

O depoente ficou em silêncio em grande parte das questões. Uma das poucas perguntas que ele decidiu responder foi quanto às atribuições do irmão do petista na entidade.

“Contrariando o meu advogado, eu quero dizer que ele nunca teve esse papel administrativo do sindicato, só político… político de representação sindical. Nada mais que isso. E não precisei, de nenhum momento, solicitar a ele que abrisse qualquer porta do governo”, afirmou.

Fonte: CNN Brasil

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