Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou a pressão sobre partidos do Centrão ao afirmar que não irá “implorar” por apoio ao governo, mesmo diante de ultimatos do União Brasil e do PP. Com a popularidade em recuperação, o petista aposta nas divisões internas dessas legendas para fortalecer palanques regionais em 2026.
Lula não demonstra intenção de trocar ministros, mesmo com a pressão para a saída de Celso Sabino (Turismo) e Fufuca (Esporte). Aliados avaliam que a permanência dos nomes do primeiro escalão aumenta a fragmentação dentro do Centrão, que abriga alas tanto governistas quanto oposicionistas.
— Eu não vou implorar para nenhum partido estar comigo. Vai estar comigo quem quiser. A extrema direita não voltará a governar este país — declarou Lula à TV Mirante, do Maranhão.
O presidente também considera positiva a aproximação com Donald Trump, que, segundo auxiliares, fortalece sua posição frente ao bolsonarismo e amplia o prestígio internacional do governo. Além disso, o Executivo tem avançado em pautas populares, como o aumento da isenção do Imposto de Renda.
Divisões internas e eleições de 2026
Em estados como Maranhão, Ceará, Paraíba e partes da Bahia, alas do PP apoiam o governo. No União Brasil, há apoio em Pará, Amapá e em regiões de Minas e Ceará, enquanto o Republicanos mantém proximidade em Pernambuco e Piauí.
As cúpulas das siglas pressionam os ministros ligados ao governo a deixar o cargo, mas o processo não é automático e depende de trâmites internos. Até o momento, não há previsão de expulsão, embora partidos tentem reduzir o poder dos ministros sobre diretórios estaduais.
Efeito diplomático
O governo avalia que a conversa de Lula com Donald Trump isola o bolsonarismo e reduz a influência de Eduardo Bolsonaro como interlocutor dos EUA. Para auxiliares, o gesto fortalece a imagem de soberania e patriotismo de Lula, além de servir como ferramenta política para 2026.
Deu na CNN