Em meio ao ultimato para deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro do Esporte, André Fufuca, reafirmou apoio ao petista no próximo ano e disse ter cometido um “erro” em 2022.
De acordo com ele, mesmo que esteja “amarrado”, sua força de vontade será direcionada para que o atual chefe do Executivo tente concorrer à reeleição no próximo ano.
“Queria lhe dizer, presidente, que o importante não é justificar o erro, mas evitar que ele se repita. Em 2022 eu cometi um erro, mas, agora em 2026, pode ser que meu corpo esteja amarrado, mas minha alma, meu coração e força de vontade estarão livres para brigar e ajudar Luiz Inácio Lula da Silva ser presidente do Brasil“, disse Fufuca ao discursar ao lado do presidente em um evento no Maranhão.
A declaração foi feita em uma entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, em Imperatriz, interior do Estado. No momento, Fufuca, que pertence ao PP (Progressistas), é alvo de pressão do partido – hoje uma federação junto ao União Brasil, denominada União Progressista – para deixar o governo Lula.
No início de setembro, a federação, que conta atualmente com quatro pastas na Esplanada dos Ministérios, anunciou que deixaria o governo. Além de Fufuca, Celso Sabino, ministro do Turismo filiado ao União Brasil, também recebeu uma intimação para abandonar o cargo.
O movimento aconteceu após o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, ser incluído em uma investigação da PF (Polícia Federal) relacionadas à esquemas do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Rueda, que foi citado em um depoimento sobre a infiltração da facção nos setores financeiro e de combustíveis no Brasil, teria atribuído o vazamento das informações à imprensa por do governo Lula, e determinado que os integrantes da federação entregassem os postos.
Deputado federal licenciado, Fufuca foi uma das escolhas do PP para comandar um dos ministérios do governo petista. O prazo para que o ministro entregasse a cadeira já havia sido estendido para o primeiro dia de outubro.
Como noticiou a CNN, o governo tenta negociar uma trégua para manter os ministros.
Enquanto isso, o União cogita a expulsão compulsória de Sabino do partido – que hoje, como uma federação, já abrange a maior parte do Congresso Nacional.
Fonte: CNN Brasil