Foto: Marinha do Brasil/divulgação
A Marinha do Brasil publicou nesta quarta-feira, 1º, uma portaria que permite a atuação plena de mulheres em todos os setores da Força. As integrantes podem agora, por exemplo, operar submarinos, mergulhar e ter formação em Operações Especiais.
Segundo a Marinha, as funções exigem preparo físico, psicológico e técnico de alto nível e é a primeira vez que a presença feminina é permitida de forma irrestrita em uma das Forças Armadas brasileiras.
A soldado fuzileira naval Stephany Victória da Silva pode se tornar a primeira a passar pela qualificação em Operações Especiais. O curso é conhecido por ter “uma das mais altas exigências físicas e psicológicas do País” e habilita cabos e fuzileiros navais para auxiliarem as tropas de elite da Marinha no planejamento e execução de operações de alta complexidade.
São seis semanas de aulas de instruções de preparação física de combate, primeiros socorros, orientação e topografia, combate e reconhecimento, armamento e tiro, comunicações, equipamentos de visão noturna e técnicas de infiltração.
Também há mulheres interessadas no feito inédito de se tornarem aviadoras da Força. As segundo-tenentes Helena de Souza Monteiro Moraes e Isabela Ferreira de Amorim foram as primeiras a iniciarem curso de aperfeiçoamento em aviação naval.
Duas soldados fuzileiras navais, Ana Beatriz Lugon Loureiro e Jennifer Alves Assunção, também concluíram formação para operar a Viatura Blindada Leve JLTV, veículo blindado utilizado pelas Forças Armadas.
A Marinha ressalta ter sido pioneira ao promover a primeira oficial-general, em 2012, formar a primeira turma de aspirantes femininas na Escola Naval, em 2014, e admitir mulheres no Colégio Naval, a partir de 2023. O colégio é a instituição de ensino médio da Marinha, em que os alunos recebem uma formação militar-naval e remuneração mensal.
Em 2025, também promoveu quatro médicas ao posto de contra-almirante, “o mais alto círculo da hierarquia naval”.
Fonte: Estadão Conteúdo