Foto: José Aldenir
A vereadora de Natal Camila Araújo (União) afirmou que a oposição já tem nomes fortes para disputar as eleições presidenciais de 2026. Em entrevista à TV Agora RN nesta sexta-feira 12, ela disse acreditar que a direita seguirá firme mesmo após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Camila, uma eventual chapa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como candidato à Presidência, e o senador potiguar Rogério Marinho (PL) como vice teria condições de vencer a disputa. “Seria uma chapa imbatível”, declarou Camila, ao comentar a possibilidade de aliança.
Para a vereadora de Natal, Rogério Marinho é “um ícone da nossa política”, lembrando sua trajetória como ministro do Desenvolvimento Regional, quando levou obras de impacto para o Estado, e sua atual posição de liderança no Senado. “Ele é inteligente, é um excelente técnico. Fez um excelente trabalho quando foi ministro”, acrescentou.
A vereadora destacou que a presença de Rogério como vice em uma chapa nacional teria ainda um peso estratégico para o fortalecimento da direita no Nordeste, região onde o bolsonarismo encontra maior resistência.
Sobre o papel de Jair Bolsonaro em 2026, Camila Araújo afirmou que a direita não se resume ao ex-presidente e que o movimento continuará organizado em torno de valores conservadores. “A direita não é um movimento de um homem só. A direita não é bolsonarismo. A direita é um movimento que defende os valores inegociáveis: Deus, Pátria, Família e Liberdade”, disse.
Segundo a parlamentar, o apoio de Bolsonaro, mesmo inelegível, será decisivo para indicar um sucessor. “Com certeza, Bolsonaro, estando inelegível, agora condenado, vai se ter um alguém que será representante, com apoio do Bolsonaro, obviamente, e nós vamos continuar de pé, erguidos, e nós não vamos parar, porque nós temos uma causa”, afirmou.
Entre os possíveis nomes para herdar esse capital político, Camila citou Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. A vereadora considera que a ex-primeira-dama teria papel fundamental no Senado Federal, como contraponto ao STF.
“Michelle é muito útil para nós no Senado Federal. Nós precisamos de senadores que consigam, agora, resgatar o Brasil desse problema que está. Porque, hoje, quem está legislando, quem está julgando, quem está quase administrando é o STF. E o Senado Federal precisa ter um papel importante, que é o que está imbuído na nossa Carta Magna, para exercer o freio e contrapesos, ali no Congresso Nacional. E Michelle coagula ali diversas características e qualidades importantes para isso”, explicou.
Já em relação a Tarcísio de Freitas, a parlamentar elogiou a gestão do governador paulista e sua trajetória no governo Bolsonaro. “É um nome que consegue aglutinar muitos apoios. Primeiro, Tarcísio é um técnico, que Bolsonaro enxergou, o trouxe para ser ministro, que fez um excelente trabalho como ministro. E Bolsonaro consegue fazer com que Tarcísio seja governador de São Paulo. Ele tem feito uma excelente gestão, uma gestão inovadora para aquele Estado, resolvendo gargalos difíceis que, historicamente, de outras gestões, não se conseguia fazer”, afirmou.
Camila lembrou ainda que Tarcísio tem demonstrado lealdade política ao ex-presidente, citando como exemplo sua atuação recente na defesa da aprovação da anistia aos envolvidos no 8 de janeiro. “Ele se mostra muito grato a Bolsonaro, se mostra muito disponível a ter essa indicação de Bolsonaro. Exemplo: se o senhor quiser, eu serei”, ressaltou.
Para a vereadora, o conjunto desses elementos reforça a possibilidade de uma candidatura sólida em 2026. “Eu vejo o nome do Tarcísio muito bom para seguir com esse perfil”, afirmou, reforçando que, caso confirmado, o governador de São Paulo teria ao seu lado uma militância organizada, além da transferência de votos do ex-presidente.
Com a direita se reorganizando após a decisão do STF que condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, Camila Araújo acredita que o movimento político se manterá ativo e competitivo. “Nós temos esse povo brasileiro conservador, predominantemente de direita, cristão conservador, que é a predominância maior no Brasil, é esse público, que está de pé”, afirmou.
Deu no Agora RN