Rogério Marinho se tornou um verdadeiro “coringa” para a direita nas eleições de 2026

Foto: Alex Régis/PLRN

Líder da oposição no Senado e um dos políticos mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Rogério Marinho (PL) já confirmou que é pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte. Contudo, o caráter não consolidado da pré-candidatura se justifica para além do rito eleitoral. Declarações e articulações apontam que o senador é cotado em outros cargos dentro de uma chapa conservadora, sendo um possível candidato à vice-presidente no pleito de 2026. Marinho se apresenta como um verdadeiro “coringa” no jogo de cartas da direita.

Em uma corrida contra o tempo para reverter sua inelegibilidade determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro se mantém como o nome da oposição que irá duelar com Lula nas urnas. Durante viagem do projeto Rota 22 por Santa Cruz, no Agreste Potiguar, ele foi questionado em entrevista se Rogério é um dos nomes do Nordeste com os quais ele “namora”, visando um possível vice para o ano que vem. Bolsonaro confirmou.

“Ele é um dos namorados“, disse.

No decorrer do evento, porém, Bolsonaro declarou que Rogério é o seu atual candidato ao governo do RN. Ele reforçou este discurso por várias vezes ao longo do trajeto, que incluiu outras cidades como Currais Novos, Acari, Jucurutu e Mossoró, além de Natal.

“Eu tenho uma grande gratidão por ter vindo aqui. Aqui ao meu lado, está um grande senador da República: Rogério Marinho. É o nosso cabra da peste que vai ser governador no ano que vem”, disse o ex-presidente.

Outra tônica de seu discurso foram elogios a Marinho como ministro do Desenvolvimento Regional (MDR). Bolsonaro se referiu constantemente a si e ao senador como os homens que “trouxeram água para o Nordeste”.

“Acabamos com todos os problemas e conseguimos dar uma vida mais digna ao nosso povo. Com o Marinho, trouxemos água para o Nordeste. Ele foi um leão a frente do ministério, e fez o que o PT não fez em anos”, disse, ressaltando em seguida:

O senador

Rogério, por sua vez, manteve um discurso focado na figura do ex-presidente. Suas palavras pontuaram as principais pautas da oposição: a defesa da inocência no julgamento da suposta trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), as críticas ao Supremo, os pontos positivos da gestão bolsonarista, bem como seu investimento em obras potiguares ou de impacto local, como a barragem de Oiticica.

“É sempre bom relembrar: o Estado do Rio Grande do Norte recebeu o maior aporte de valores de sua história, com quase 14 bilhões de reais, fruto da ação deste presidente que está aqui. Um presidente empreendedor, enérgico, bem-intencionado, com espírito público, que permitiu que os seus ministros tivessem a liberdade de buscar melhorar a qualidade de vida da população. Mais Brasil, menos Brasília. Foi uma realidade”, disse.

O tom adotado durante o Rota 22 é o majoritário de Marinho nas últimas semanas, considerando inclusive declarações para a imprensa em geral, a nível nacional ou local.

Sobre o governo do estado, em uma de suas entrevistas mais recentes, ele disse que tem uma “missão a cumprir” e fez críticas a gestão de Fátima Bezerra e a governos anteriores.

“Eu não tenho dúvida que é um desafio enorme governar o Estado, que há mais de 20 anos desce de ladeira abaixo, o Rio Grande do Norte está cansado do mais do mesmo, não adianta administrar o Estado e manter o Estado na situação em que ele se encontra de inanição de prostração, de letargia um Estado que perdeu o bonde, quando se olha para os Estados vizinhos, verifica-se que eles saíram do lugar e nós estamos no mesmo ponto em marcha lenta. um Estado que é hostil para quem quer empreender, para quem quer edificar para quem quer chantar o investimento no Rio Grande do Norte”, disse ele à Tribuna do Norte.

Deu na 98FM

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