Morador do interior do RN declara fortuna de R$ 100 bilhões e pode entrar no Top-3 dos mais ricos do Brasil

Foto: Reprodução

Um austríaco naturalizado brasileiro, que vive de forma simples na praia de Ponta do Mel, no município de Areia Branca, interior do Rio Grande do Norte, surpreendeu ao declarar à Receita Federal uma fortuna de R$ 100 bilhões. O valor, se comprovado, colocaria Werner Rydl, de 67 anos, entre os três brasileiros mais ricos, atrás apenas de nomes como Jorge Paulo Lemann e Eduardo Saverin.

A história foi revelada pela Revista Piauí na edição de junho, em reportagem do jornalista Allan Abreu. Segundo o texto, metade da fortuna declarada por Rydl estaria relacionada a 306 toneladas de ouro que ele afirma manter escondidas no fundo do mar, a cerca de 90 quilômetros da costa potiguar. Todo o patrimônio, segundo ele, está devidamente registrado junto à Receita Federal.

VIDA SIMPLES EM PONTA DO MEL

Apesar dos números bilionários, Werner vive com a namorada austríaca em uma casa modesta, alugada por R$ 450 mensais, e mora em Areia Branca desde 2014. Antes disso, viveu com a primeira esposa — também austríaca — no litoral de Pernambuco, onde construiu duas casas e até um farol de 24 metros de altura. Após a separação, a ex-companheira voltou para a Áustria com as filhas do casal.

ENVOLVIMENTO EM POLÊMICAS E INVESTIGAÇÕES

A trajetória de Werner Rydl é marcada por episódios controversos. Ele responde a pelo menos sete processos no Brasil por movimentações financeiras suspeitas. Já foi condenado, extraditado para a Áustria, cumpriu pena e retornou ao país, onde segue sob investigação da Polícia Federal e da Receita.

Um dos pontos que levantou suspeitas foi a criação, em 2018, do Seagar Gold Bank, um banco com sede declarada no fundo do mar. Em 2024, ele chegou a enviar uma carta à Casa Civil se oferecendo para assumir a presidência do Banco Central entre 2025 e 2028. A proposta foi ignorada pelo governo federal.

TENTATIVAS DE NEGOCIAÇÃO DO OURO

Segundo a reportagem, Werner tentou converter 27 toneladas de ouro em títulos mobiliários por meio de uma casa de câmbio em São Paulo neste ano, mas teve o pedido recusado. Ele também teria tentado exportar 120 toneladas do metal para os Estados Unidos — novamente sem sucesso.

Em outro episódio, a Polícia Federal apreendeu 35 quilos de ouro sendo contrabandeados para os EUA. Os suspeitos detidos afirmaram que o metal havia sido comprado diretamente de Werner Rydl.

Apesar da fortuna declarada, seu verdadeiro patrimônio e a origem dos recursos continuam sendo um mistério — e agora, alvo de investigações que cruzam fronteiras e despertam a curiosidade de autoridades e da imprensa internacional.

Deu na 96FM

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