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Integrantes do governo de Donald Trump veem um ato “contraditório” de Lula na estratégia que adotou em prol do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A avaliação ocorre porque, dias após Lula acionar o Itamaraty para tentar demover a Casa Branca de aplicar sanções a Moraes, o mandatário brasileiro fez críticas a Donald Trump, em discurso neste domingo (1/6), dizendo que os EUA “fazem guerras” e matam muitas pessoas ao redor do mundo.
A avaliação em Washington é que é incoerente Lula pedir que subordinados dialoguem pela via diplomática ao mesmo tempo em que dispara contra o Trump.
Declarações de Lula contra os EUA e críticas a Trump
As declarações de Lula, contudo, não chegaram a surpreender os Estados Unidos, uma vez que o mandatário brasileiro já é visto como “anti-Trump”.
Disse Lula durante a convenção do PSB: “Os Estados Unidos querem processar o Alexandre de Moraes porque ele quer prender um cara brasileiro que está lá nos EUA fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro. Por que ele quer criticar a Justiça brasileira? Eu nunca critiquei a Justiça deles. Faz tantas guerras, mata tanta gente e eu nunca critiquei”.
EUA não consideram sanções ao Brasil
Não está no radar dos Estados Unidos estender sanções ao governo brasileiro, uma vez que as declarações do presidente Lula são vistas como exercício da liberdade de expressão.
O foco dos EUA está em Alexandre de Moraes por conta de decisões do magistrado envolvendo o bloqueio de perfis, em redes sociais, de pessoas com cidadania norte-americana.
Deu no Metrópoles – Paulo Cappelli