Carla Zambelli recorre para derrubar condenação a 10 anos de prisão

Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

A defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) apresentou nesta sexta-feira (23) um recurso contra a decisão da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) que condenou a congressista a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em 2023.

No recurso, a defesa pede a absolvição da deputada e afirma que houve cerceamento de defesa pela falta de acesso a todas as provas produzidas durante a investigação. Os advogados também contestaram a condenação de Zambelli ao pagamento de R$ 2 milhões em danos coletivos.

“Não há critérios objetivos que possam quantificar e precisar, ainda que grosseiramente, o prejuízo sofrido pela administração da justiça, de modo que a fixação de indenização em patamar milionário decorre de discricionariedade do julgador sem amparo em critérios objetivos”, afirmaram.

Conforme denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República), Carla Zambelli foi a autora intelectual da invasão para emissão de um mandado falso de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Segundo as investigações, o hackeamento foi executado por Walter Delgatti, que confirmou ter realizado o trabalho a mando da parlamentar. O hacker da “Vaza Jato” foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão no mesmo processo.

Eleições

Carla Zambelli responde a outro processo criminal no STF. Em agosto de 2023, Zambelli virou ré no Supremo pelo episódio em que ela sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.

A perseguição começou depois de Zambelli e Luan trocarem provocações durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.

Até o momento, o Supremo registra placar de 6 votos a 0 para condenar a congressista a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto. No entanto, um pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Nunes Marques adiou a conclusão do julgamento.

Deu no Poder 360

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