Açaí que matou bebê de oito meses em Natal foi envenenado com chumbinho, aponta laudo

Foto: Reprodução/TV Tropical

O açaí que matou a bebê Yohana Maitê Filgueira Costa, de oito meses, estava envenenado com chumbinho, produto usado de forma irregular para matar ratos. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil nesta terça-feira (6).

A Polícia investiga o caso para descobrir quem envenenou e enviou o açaí até a casa das vítimas. Além da criança, sua prima de segundo grau, Geísa de Cássia Tenório Silva, de 50 anos, também consumiu o alimento. Ela chegou a ser internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Geísa recebeu alta da UTI no dia 30 de abril, mas continua internada no hospital.

Histórico

De acordo com o filho de Geisa, Yago Smith, a família recebeu três encomendas ao longo de três dias consecutivos, todas entregues por motoboys na residência localizada no bairro Felipe Camarão, Zona Oeste da capital potiguar. A origem dos pacotes permanece desconhecida.

Yago relatou os sintomas que levaram os profissionais de saúde a suspeitarem de intoxicação: “Ela estava suando muito, tremendo as mãos, sem forças para falar e espumando pela boca. A equipe médica achou que poderia ser envenenamento.”

Seguindo a recomendação dos médicos, a família registrou o caso junto à Polícia Civil, que agora conduz as investigações.

A substância

O chumbinho é um produto clandestino, irregularmente utilizado como raticida. Em geral, essa substância é composta de venenos agrícolas (agrotóxicos), de uso exclusivo na lavoura como inseticida, acaricida ou nematicida, desviado do campo para os grandes centros para serem indevidamente utilizados como raticidas.

O chumbinho não possui registro na Anvisa, nem em nenhum outro órgão de governo. A substância geralmente tem a forma de um granulado cinza escuro ou grafite (“cor de chumbo”). Por isso, o produto não deve ser utilizado sob nenhuma circunstância.

Deu no Portal da 98

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