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Mais de 20 empresas de capital aberto no Brasil estão em processos de recuperação judicial ou extrajudicial. O número deve aumentar em 2025, à medida que o cenário econômico, com juros elevados e instabilidade global, continua a pressionar as finanças corporativas. As informações são do jornal Valor Econômico.
Recentemente, empresas como Bombril e Agrogalaxy começaram processos de recuperação judicial. A Oi, em seu segundo processo, e a Americanas, que buscou proteção judicial depois de uma fraude contábil bilionária, também estão na lista. A OSX, de Eike Batista, é outra que entrou pela segunda vez com pedido.
Os desafios das empresas de capital aberto no Brasil
As empresas de capital aberto se destacam pelo volume das dívidas e pela transparência obrigatória em suas divulgações financeiras. Fabiana Solano, sócia do escritório de advocacia Felsberg, afirmou ao Valor Econômico que a crise deve se agravar, mesmo em empresas mais robustas.
“Essa constante alta de juros e a instabilidade global geram reflexos imediatos às companhias”, afirmou Fabiana. Ela ainda destaca que o momento exige cautela e atenção das empresas listadas, que enfrentam níveis significativos de endividamento.
Estratégias para recuperação financeira
Algumas empresas conseguiram renegociar as dívidas fora do âmbito judicial, como Azul e Infracommerce. A Light, empresa ligada ao setor de energia elétrica, aprovou seu plano de recuperação judicial em maio de 2024.
A Teka, do setor têxtil, teve seu pedido de falência decretado. A companhia, contudo, continua operando. O objetivo é preservar empregos e assegurar que os credores recebam seus valores. De acordo com o Valor Econômico, a decisão da empresa de continuar as atividades busca fortalecer o valor dos ativos e atrair potenciais compradores.
Planos de reestruturação e perspectivas futuras
A Infracommerce, empresa especializada em negócios digitais, anunciou um plano de reestruturação financeira com credores e novos investidores. O objetivo é adequar a estrutura de capital. Além disso, a companhia busca garantir recursos para financiar sua transformação, sem recorrer a processos judiciais.
Deu na Revista Oeste