O “Relógio do Juízo Final”, uma iniciativa do Boletim dos Cientistas Atômicos (Bulletin of the Atomic Scientists), foi atualizado para 89 segundos antes da meia-noite, o que representa a posição mais próxima do apocalipse já registrada na história do relógio.
Este ajuste foi anunciado nesta terça-feira (28) e reflete um aumento das tensões globais, incluindo ameaças nucleares relacionadas à invasão da Ucrânia pela Rússia, crises climáticas e o avanço da inteligência artificial.
Fundado em 1945 por Albert Einstein, J. Robert Oppenheimer e cientistas da Universidade de Chicago que ajudaram a desenvolver as primeiras armas atômicas no Projeto Manhattan, o Bulletin of the Atomic Scientists criou o Relógio do Juízo Final dois anos depois, usando o imaginário do apocalipse (meia-noite) e o idioma contemporâneo da explosão nuclear (contagem regressiva para zero) para transmitir as ameaças à humanidade e ao planeta.
O Relógio do Juízo Final é definido todos os anos pelo Conselho de Ciência e Segurança do Boletim em consulta com seu Conselho de Patrocinadores, que inclui nove ganhadores do Prêmio Nobel. O Relógio se tornou um indicador universalmente reconhecido da vulnerabilidade do mundo a catástrofes globais causadas por tecnologias criadas pelo homem.
Os cientistas que compõem o Comitê de Ciência e Segurança do Boletim avaliam diversos fatores ao determinar a hora do relógio:
- Ameaças nucleares: As tensões entre potências nucleares, especialmente a Rússia.
- Crise climática: O ano de 2024 foi considerado o mais quente já registrado, exacerbando os riscos ambientais.
- Avanços tecnológicos: A utilização militar da inteligência artificial e outras tecnologias emergentes.
Deu no Portal da 98