O Conselho Federal de Medicina (CFM) pediu ao Ministério da Saúde uma ação imediata para resolver a escassez de vacinas em cidades brasileiras. Em nota divulgada, a entidade classificou como “negligente” a atuação da pasta na compra e distribuição dos imunizantes.
“O Ministério da Saúde, responsável por assegurar o fornecimento adequado de imunizantes, tem falhado de maneira inadmissível em suas atribuições”, afirmou o CFM. A entidade destacou que, apesar das promessas feitas em outubro de regularizar o abastecimento até o final do ano, a situação não só continua como piorou.
De acordo com dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM), 65,8% dos municípios brasileiros enfrentam escassez de vacinas, um aumento em relação aos 64,7% registrados em setembro. Entre os imunizantes em falta estão os contra varicela, covid-19, DTP, meningocócica C, tetraviral e febre amarela.
Para o CFM, as justificativas apresentadas pela pasta, como dificuldades de compra e problemas logísticos, são insuficientes diante da gravidade da crise.
A entidade também mencionou sua preocupação com o cumprimento do Pacto pela Consciência Vacinal, firmado em 2023, reforçando a imunização como uma estratégia essencial para a saúde pública.
“O descaso do governo federal em garantir a imunização da população não pode continuar. Estaremos vigilantes para garantir que medidas concretas sejam adotadas e que o direito à saúde seja respeitado”, declarou o CFM.
O Ministério da Saúde ainda não se manifestou oficialmente sobre as críticas.
Deu na CNN