Alexandre Campbell/IMPA – Arquivo
Dos nove estados da região Nordeste, apenas o Maranhão não teve 100% de estudantes que estão concluindo o ensino médio na rede pública inscritos no Enem 2024 (Exame Nacional do Ensino Médio). O estado teve 83% de concluintes inscritos, o que representa um aumento de quase 30% do índice registrado no último ano, que foi de 54,2%.
Foram 14 unidades da federação com todos os estudantes concluintes públicos inscritos. No total, o Brasil registrou 94% de inscrições desse grupo, 36% a mais que a edição de 2023, que teve 58% de inscritos. Os dados são do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), e os percentuais foram estimados com base no Censo Escolar de 2023.
No Centro-Oeste, o Distrito Federal e Goiás tiveram adesão total dos estudantes da rede pública que concluem o ensino médio este ano. Em Mato-Grosso, foram 89% e em Mato Grosso do Sul, foram 84%.
No Norte, 100% dos concluintes do Acre, Amapá e Pará se inscreveram no Enem. A maior variação de inscritos em 2023 e em 2024 foi no Pará, que teve quase 50% de aumento, indo de 52,2% para a totalidade.
As regiões com menos adesão foram Sul e Sudeste, com média de 84% e 87%, respectivamente. Mas todos os estados do país tiveram aumento de inscritos na comparação com 2023.
O ministro da Educação, Camilo Santana, atribuiu o crescimento na participação do exame com o impacto em políticas públicas de incentivo. “Esses números são um reflexo não só do esforço dos estados, que estimulam a inscrição, mas de um efeito forte do Pé-de-Meia”, afirma. Os alunos beneficiados pelo programa que fizerem os dois dias de avaliação vão receber uma parcela extra de R$ 200 em 2025.
Para o diretor-geral do sistema de ensino ProRaiz, Flávio Rocha, o aumento da participação no exame reflete a relevância do Enem na vida dos estudantes, que “veem o ensino superior como uma possibilidade real para suas vidas, o que pode motivá-los a se dedicar mais à educação básica”. “[O Enem] não só oferece oportunidades de bolsas de estudo e financiamento, como também facilita a mobilidade acadêmica, permitindo que alunos tentem vagas em universidades de outros estados”, completa.
Deu no R7