Os Correios assinaram um contrato para pagar R$ 7,6 bilhões ao fundo de pensão dos funcionários da estatal, o Postalis, e cobrir rombo referente ao plano de aposentadoria. O valor representa metade da dívida, de R$ 15 bilhões. A outra metade será paga por trabalhadores, aposentados e pensionistas da estatal. As informações foram antecipadas pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmadas pelo Poder360 em agosto.
De acordo com o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) usado como base no acordo, os investimentos feitos no governo de Dilma Rousseff (PT), de 2011 a 2016, levaram a um prejuízo de R$ 4,7 bilhões. Hoje, corrigido pela inflação, o valor representa R$ 9,1 bilhões e corresponde a 60% do prejuízo.
O Poder360 mostrou agora que a estatal desistiu, sem dar explicações, de recorrer de uma ação de R$ 600 milhões em 2023. Além disso, deixou o prejuízo no balanço do ano anterior à volta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao poder.
Em nota, os Correios disseram que vêm “trabalhando para reduzir o deficit que foi causado, em grande parte, pelo governo anterior [Jair Bolsonaro], por conta de decisões ruins tomadas no processo de privatização da estatal”.
O contrato teve o aval da Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais), vinculada ao MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos).
De acordo com o órgão, “o contrato contém uma cláusula de revisão anual automática do saldo devedor que permite que o contrato seja revisto anualmente pelas partes [Correios e Postalis] em função das perdas e ganhos apresentados pelo plano e apuradas nas demonstrações atuariais ao término de cada exercício social”.
Deu no Poder 360