Na noite desta sexta-feira (27), a candidata a vereadora da cidade de São Paulo, Amanda Vettorazzo (União Brasil), coordenadora do MBL (Movimento Brasil Livre), cancelou a carreata e o ‘Happy Hour’ programado para este sábado (28). O motivo é a ameaça de morte que ela recebeu desde o dia 7 de setembro quando a Polícia Militar abordou um sujeito flagrado com uma arma branca e agravou-se na mesma noite após Amanda expor a sua versão e as suas provas nas redes sociais.
Início da Ameaças
Ao ser entrevistado pela coordenadora do MBL, o Tenente Squassoni, da 78° DP explica que durante a manifestação do dia 7 de setembro, na Avenida Paulista, abordou um sujeito que foi flagrado com uma faca em sua mochila. Ao ser questionado pelo policial, o abordado afirmava interceptar, tirar satisfação com a candidata a vereadora e que já vinha tentando vários contatos com ela.
Agravamento
O caso chegou ao limite quando, na noite de sexta-feira, foi descoberto o nome do indivíduo que planejava tirar a vida de Amanda Vettorazzo foi revelado. O nome registrado é Rafael Oliveira de Almeida.
Em seu perfil no Instagram, Amanda afirma que desde o primeiro dia, ele não parou de mandar mensagens, variando entre 50 e 100 notificações. Entre elas, endereço da residência descoberto, ameaça de morte com uma arma de fogo e mensagens de cunho sexual.
Em vídeo exposto por ela, o agressor ameaça: “Vai se f%#£&, sua maldita do inferno, eu vou tirar satisfação e quero ver quem vai me parar. Vai tomar no c* você Amanda Vettorazzo e todo o MBL”.
Na mesma noite, um dos contratados para trabalhar durante a candidatura, cujo nome é Gabriel, afirmou, também nas redes sociais, que foi abordado na tenda da Faria Lima, pelo agressor, que o afirmou “diga à sua patroa que o dia dela vai chegar”.
Cancelamento dos Eventos de Rua
A última publicação de Amanda foi ao lado do também candidato a vereador de São Paulo, Renato Batista (União Brasil), para informar sobre o cancelamento dos eventos de Rua programados para hoje.
Nota de Repúdio do Partido
O União Brasil vem a público, mais uma vez, repudiar violências praticadas contra candidatas que representam o partido nestas eleições. A vítima da vez é Amanda Vettorazzo, que concorre ao cargo de vereadora em São Paulo.
Amanda, assim como Thaís Margarido, Brena Dianná, Silvye Alves, Cilene Sabino e outras mulherea que ocupam ou pretendem ocupar espaços de poder, tem sido alvo recorrente de ameaças e tentativas de silenciamento, especialmente durante o processo eleitoral.
Isso apenas evidencia que a violência política de gênero é uma afronta aos direitos das mulheres e à democracia, que só será plena quando todos os cidadãos puderem participar da vida pública de forma livre, segura e respeitosa.
Nos solidarizamos à Amanda Vettorazzo e reafirmamos que a luta pela igualdade de gênero é uma luta de todos nós.