O ditador Nicolás Maduro, em demonstração de retórica agressiva, disparou neste sábado, 17 de agosto, contra o candidato oposicionista Edmundo González Urrutia, insinuando que ele estaria tramando uma fuga iminente da Venezuela.
“Edmundo González Urrutia, onde ele está se escondendo? Não foi ele que alegou vitória? Ou será que ele ganhou uma rifa para se esconder em uma caverna? Está metido em uma caverna, planejando sua fuga do país. Ele está levando o dinheiro e indo para Miami!”, vociferou Maduro diante de uma plateia arregimentada em frente ao Palácio de Miraflores, em Caracas.
As declarações inflamadas de Maduro vieram acompanhadas de uma manobra jurídica: a Procuradoria-Geral da República, sob controle absoluto do chavismo, abriu investigação contra González e a líder opositora María Corina Machado. As acusações, típicas de regimes autoritários, incluem “Usurpação de Funções, Divulgação de Informação Falsa para Causar Angústia, Instigação à Desobediência de Leis, Instigação à Insurreição, Associação Criminosa e Conspiração”.
Maduro não se limitou às acusações: exigiu a prisão de ambos os líderes oposicionistas, que desde então desapareceram dos olhos do público. González, em particular, não foi visto em público desde 30 de julho, aumentando as especulações sobre seu paradeiro.
Enquanto o regime intensifica sua perseguição, a Venezuela continua afundando em um ciclo de repressão e incerteza, com a oposição forçada a se refugiar na clandestinidade para escapar das garras do ditador.
Deu no Diário do Poder