O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, condenou veementemente a possibilidade de um novo pleito no país. Ele afirmou nesta quinta-feira (15) não praticar “diplomacia de microfone”, ao responder a declarações de Lula (PT) e do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sobre as eleições venezuelanas.
Petro propôs, nesta quinta, a realização de “novas eleições livres”, em meio à disputa entre Maduro e a oposição, liderada por María Corina Machado e Edmundo González Urrutia. O presidente Lula (PT), por sua vez, adotou a mesma sugestão.
Pressionados, os presidentes brasileiro e colombiano também sugeriram reiteradamente a divulgação das atas eleitorais pelas autoridades venezuelanas.
O que Lula não esperava, no entanto, era uma dura resposta por parte do ditador. Maduro colocou em xeque o pleito de Lula.
“No Brasil, o ex-presidente Bolsonaro, aliado da extrema-direita fascista da Venezuela, alegou fraude e não aceitou a derrota. E foi o tribunal brasileiro [TSE] que decidiu”, disse Maduro ao jornal El Tiempo. “Ninguém na Venezuela e em nosso governo pediu algo”, emendou.
O chavista relembrou que, sete dias após a posse de Lula, manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, no 8 de Janeiro de 2023. “Surpreenderam com uma tentativa de golpe de Estado. E o que se fez na Venezuela foi condenar a violência e o fascismo. Jamais praticamos a diplomacia de microfone”, disparou.
Deu no Conexão Política