Edival Pontes conquista a primeira medalha do Brasil no taekwondo nos Jogos Olímpicos de Paris

Foto: ANDRé DURãO/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Edival Pontes, o ‘Netinho’, conquistou a primeira medalha do Brasil no taekwondo nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, ao vencer o espanhol Javier Perez Polo nesta quinta-feira (8). Netinho, de 26 anos e vice-campeão mundial em 2022 na categoria até 74kg, derrotou Pérez Polo por 2 rounds a 1 (3-3, 4-6 e 4-3), numa luta acirrada no tatame do Grand Palais, na capital francesa. O paraibano ficou em vantagem no primeiro round com uma virada dramática em que acertou um chute na cabeça do espanhol quando faltavam três segundos para o fim. Ele conseguiu assim empatar em 3-3 e venceu por superioridade.

No segundo assalto, também equilibrado, o espanhol acertou os dois primeiros golpes, na cabeça e no tronco, e venceu por 6-4.

E no terceiro e decisivo round, Netinho conseguiu acertar dois chutes no corpo do oponente e tentou administrar a vantagem de 4-0 nos 40 segundos finais. O brasileiro sofreu punições, mas conseguiu vencer por 4-3.

Gritos de “Brasil!” ressoaram sob a imponente estrutura de metal e vidro do Grand Palais, onde os torcedores espanhóis aplaudiram mais ruidosamente o seu compatriota.

Vindo da repescagem

O brasileiro não entrou nesse combate como favorito. Depois de perder sua primeira luta nas oitavas de final para o jordaniano Zaid Kareem, ele teve que esperar horas para ver se disputaria a repescagem.

“Quando perdi a primeira luta, não entendi. Fiquei perguntando a Deus: ‘O que está acontecendo? Estou bem fisicamente, no meu melhor momento (…) e não vai ser agora?’”, admitiu ele após a luta.

No entanto, o acesso de Kareem à final, em que perdeu para o grande favorito, o uzbeque Ulugbek Rashitov, abriu as portas para a repescagem: “Acendeu uma luz na minha cabeça”.

E ela não apagou. Antes de derrotar o espanhol, ele venceu o turco Hakan Recber, bronze em Tóquio-2020 na categoria até 68kg e campeão mundial em 2023 (-63kg), por dois rounds a um (8-7, 3-3 e 7-1).

Uma revanche – o turco o eliminou nas oitavas de final no Japão – que o levou a somar um terceiro bronze ao quadro de medalhas olímpicas do taekwondo brasileiro, depois de Natália Falavigna em Pequim-2008 e Maicon Siqueira no Rio-2016.

*Com informações da AFP

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