Rafael Motta faz apelo aos militantes do Avante

Foto: Adriano Abreu

O partido Avante homologou a candidatura a prefeito de Natal do ex-deputado federal Rafael Motta, para quem a convenção cartorial “virou uma festa”, mas alertou para os militantes partidários das dificuldades que terá pela frente em pouco mais de 50 dias de campanha eleitoral: “É o momento que eu vou precisar muito de vocês. É uma campanha que não vai ser fácil, teremos pouco tempo de televisão, poucos recursos, mas a gente tem uma coisa que eles (concorrentes à eleição) não têm, que é dentro do coração, muito amor para poder transformar nós mesmos”.

Rafael Motta afirmou que “busca ser uma alternativa moderna, porque Natal parou no tempo”, no entanto, avalia que “as pessoas, infelizmente, estão se contentando com a mesmice”. Assim mesmo, Motta disse para os militantes que pesquisas qualitativas de opinião pública mostram, que seu nome é bem aceito pela população: “Não existem rejeição, como outros nomes, é ai que está o segredo do nosso crescimento”.

Motta reforçou para os militantes, filiados e candidatos a vereadores do Avante, que “eles serão os multiplicadores” de uma campanha eleitoral “quase franciscana, mas vai ser uma campanha transparente e honesta”.

Mesmo sem citar nominalmente, Motta criticou os concorrentes ao cargo de prefeito nas eleições de 6 de outubro, como o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD), que “já teve oportunidade de ser prefeito de Natal quatro vezes e não resolveu os problemas da cidade”, e candidatos de “grandes estruturas” como a aliança de oito partidos que apoia o deputado federal Paulinho Freire (União Brasil), que “tem agregado gregos e troianos em uma mesma chapa, pessoas que se odeiam no mesmo lugar apenas por uma situação casuística, infelizmente essa pessoa já foi vice-prefeito, já foi presidente da Câmara por quatro vezes e a gente já sabe que não tem nenhum trabalho com o Natal”.

Quanto a pré-candidatada do PT, deputada federal Natália Bonavides, o candidato do Avante disse que “está marcando presença apenas para ocupar o espaço político através de sua militância, uma candidata que tem uma rejeição muito alta”.

Rafael Motta apresentou o seu candidato a vice-prefeito, José Abdon, como ativista em defesa da pessoa com deficiência há décadas: “É um morador da Zona Norte, que tem sido esquecida em diversas gestões ao longo de décadas”.

Cadeirante, José Abdon preside a Associação dos Deficientes Físicos do Rio Grande do Norte (Adefern) e afirmou que essa é a terceira vez que foi convidado para ser candidato a vice-prefeito em Natal, tendo recusado, antes, convites do hoje senador Rogério Marinho e da ex-deputada estadual Márcia Maia.

“Contudo, aceitei o convite de Rafael Motta, porque é do partido que ajudei a criar, participei das suas lutas, já fui tesoureiro, secretário, e ele sonha com uma cidade mais justa, onde todos os cidadãos possam ser respeitados”. Abdon declarou que sempre trabalhou na retaguarda, mas “agora está se expondo, porque quem não se impõe não se impõe. Então a partir de agora eu estou me expondo, para dizer ao seguimento de pessoas com deficiência, que nada de nós sem nós”.

A ser questionado sobre a declaração do ex-prefeito Carlos Eduardo de que presidente da República “não resolve os problemas da cidade”, Rafael Motta avaliou que os municípios não podem prescindir de recursos federais: “Na vida a gente não vive só, muito menos na política, a gente sabe que o candidato (Carlos Eduardo) sempre se isolou politicamente, não dialoga com Câmara, não dialogo com governo federal ou com o governo estadual, é importante ter esse diálogo, independente de eleição, passou eleição e zera tudo.

“Tem que ter esse diálogo institucional, porque não adianta, a gente vive no município, mas os recursos hoje, através do bolo tributário, está mais concentrado no poder federal”, arguiu Motta.

O fato de aparecer em quarto lugar nas pesquisas de intenções de votos já divulgadas, não desanima Rafael Motta, que projeta chegar ao segundo turno das eleições. “A gente já experimentou isso, na campanha de 2022, tínhamos 2, 3, 7 pontos percentuais e terminamos com quase 25% dos votos para o Senado, a campanha ainda vai começar e as pessoas estão apostando em gestões antigas, porque não têm opções, a gente é a opção nova, que tem soluções modernas para resolver problemas antigos da cidade”, afirmou.

Deu na Tribuna do Norte

 

 

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