Ditadura de Maduro prende líder de partido opositor em meio a protestos na Venezuela

Ditadura de Maduro prende o líder oposicionista Freddy Superlano na  Venezuela | Jovem Pan
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O partido Voluntad Popular anunciou nesta terça-feira, 30, a prisão de Freddy Superlano, coordenador político nacional da legenda e importante figura da oposição venezuelana. De acordo com o partido, Superlano foi detido por dois agentes das autoridades venezuelanas, sem qualquer explicação pública até o momento.

O Voluntad Popular, fundado pelo ex-líder da oposição Leopoldo López e parte do bloco de apoio ao candidato Edmundo González, classificou a prisão como um “alerta sobre a escalada da repressão” no país. Em comunicado, o partido sinalizou a comunidade internacional sobre o aumento das ações repressivas por parte do governo de Nicolás Maduro contra ativistas que exigem pacificamente a publicação dos resultados eleitorais.

A detenção ocorre em um contexto de intensificação da crise política na Venezuela, após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarar Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais realizadas no domingo (28). Com 80% das urnas apuradas, o CNE anunciou que Maduro obteve 51% dos votos, uma proclamação feita sem a divulgação das atas de votação, gerando desconfiança e críticas.

A oposição, liderada por María Corina Machado, questiona o resultado, alegando que o pleito foi fraudado. Machado afirmou que a oposição possui 73% das atas e que, mesmo que o CNE atribuísse todos os votos restantes a Maduro, ele ainda não superaria o número de votos obtidos por Edmundo González. “Com as atas que faltam, ainda que o CNE desse 100% dos votos para Maduro, ele não chegaria perto dos números de Edmundo”, declarou Machado.

A situação desencadeou uma série de protestos em diversas cidades do país. Manifestantes exigem transparência na contagem dos votos, e algumas estátuas do ex-presidente Hugo Chávez foram derrubadas como ato simbólico de protesto. O ambiente de tensão e violência resultou em confrontos que deixaram mortos e feridos.

A comunidade internacional também reagiu. A Organização dos Estados Americanos (OEA) declarou que não reconhece os resultados das eleições venezuelanas, citando “vícios, ilegalidades e más práticas” no processo eleitoral.

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