A história por trás da fortuna da família Safra

Família Safra chega a 'acordo amigável' e encerra disputa bilionária por  herança
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Na sexta-feira, 19, a família Safra anunciou um acordo para encerrar a disputa judicial entre familiares sobre a herança do patriarca Alberto, falecido em 2020.

Os bens da família, avaliados em US$ 90 bilhões, incluem propriedades notáveis como o arranha-céu Gherkin, em Londres, e o número 660 Madison Avenue, em Nova York.

História da riqueza da família Safra
A riqueza da família Safra tem suas raízes em Aleppo, na Síria, onde seus antepassados fundaram a Safra Frères & Cie na década de 1840. Aleppo era um importante centro para banqueiros, onde mercadores do Oriente e do Ocidente se encontravam.

A casa bancária financiava caravanas de camelos que negociavam ao longo do vasto Império Otomano, que se estendia da África e Península Arábica até os Balcãs e a atual Turquia.

De acordo com os sites das empresas da família, a Safra Frères & Cie também realizava câmbio entre moedas de países da Ásia, África e Europa, além de comercializar prata e ouro.

O negócio prosperou e abriu filiais em Istambul, Alexandria e Beirute. Beirute, a capital do Líbano, tornou-se a sede do Banco Jacob Safra, em homenagem ao patriarca nascido em 1891. Nos anos 1950, com o crescimento econômico pós-Segunda Guerra Mundial, a empresa expandiu-se para as Américas e Europa.

Chegada ao Brasil
Em 1953, Jacob Safra mudou-se com a família para o Brasil, onde fundou a Safra Importação e Comércio, focada em metais, máquinas e gado, e posteriormente um banco. Após sua morte em 1963, seus filhos Joseph, Moise e Edmond assumiram os negócios.

Em 1967, os irmãos fundaram a financeira Safra. Eles compraram o Banco Nacional Transatlântico, renomeando-o Banco de Santos. Em seguida, adquiriram o Banco das Indústrias, que se tornou o Banco Safra S.A. em 1972. Em 1975, lançaram a Safra Asset Management e, em 1987, a Safra Corretora.

Joseph Safra faleceu de causas naturais em 2020, aos 82 anos. Na época, com um patrimônio de US$ 23,2 bilhões, ele era o brasileiro mais rico e ocupava a 82ª posição no ranking mundial de bilionários.

Divisão das responsabilidades entre os irmãos Safra

No Brasil, Joseph e Moise Safra gerenciavam os negócios, enquanto Edmond, o mais velho, cuidava das operações internacionais. Edmond mudou-se para os EUA, onde fundou o Trade Development Bank e o Republic National Bank of New York. Em 1974, ele criou o Safra National Bank of New York, que mais tarde se tornou alvo da disputa judicial de Alberto Safra.

Em 2006, Joseph comprou a parte de Moise, unificando as instituições financeiras que ambos possuíam.

Outros investimentos
Além do Banco Safra, Joseph Safra era dono do J. Safra Sarasin, um banco suíço criado em 2013. Ele também tinha negócios em outras áreas, incluindo 50% da Chiquita Brands International, uma das maiores produtoras de banana do mundo, em parceria com José Cutrale.

No setor imobiliário, os Safra investiram em prédios de escritórios, como o edifício na Madison Avenue, em Nova York, comprado por US$ 285 milhões, e o Gherkin, em Londres, adquirido por US$ 1,15 bilhão.

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