O deputado Pedro Aihara (PRD-MG) devolveu à Câmara dinheiro público que havia recebido como reembolso por ter consumido bebidas alcoólicas em restaurantes.
Cada deputado tem direito a uma verba parlamentar que varia de de R$ 36 mil a R$ 51 mil para despesas do exercício parlamentar, e de quão longe o Estado do parlamentar está da capital federal. O parlamentar faz o gasto, pega a nota fiscal e à entrega para a Casa legislativa reembolsar a despesa feita.
É vedado o uso de verba parlamentar para custear gastos com bebidas alcoólicas, porém a câmara liberou o pagamento de notas fiscais apresentadas pelo parlamentar que incluíam vinhos caros e drinks.
Aihara pediu reembolso de 16 notas fiscais com bebidas e pediu o ressarcimento de bebidas alcoólicas em cinco oportunidades. Em três ocasiões, as notas passaram pelo crivo dos técnicos da Câmara, que acabaram por pagar bebida alcoólica.
A Câmara pagou por um drink alcoólico que o deputado tomou em Curitiba, por um vinho em um bar especializado em vinhos em Belo Horizonte, e por outro vinho em um restaurante na orla de Balneário Camboriú, no mês passado.
Somado a isso, Aihara devolveu o reembolso que a Câmara o deu no valor de R$ 120,48 de uma taxa de serviço por uma nota fiscal do valor de R$1.124,48.
Em evento que ocorreu em março deste ano visitou a um restaurante italiano no Rio de Janeiro. Na conta é encontrado diversos itens: duas águas com gás, três vinhos italianos, burrata, arancini, frutos do mar, macarrão com camarão, rabanada, profiteroles de tiramisú. O deputado pediu o reembolso de R$ 288,48 – incluso no valor a exorbitante taxa de serviço
Aihara também devolveu uma taxa de serviço de uma vultosa conta que tinha patros chiques e três vinhos italianos. A devolução está vinculada a quatro notas fiscais que juntas totalizam R$ 494.
Aihara é o deputado que mais gastou a verba parlamentar com itens de alimentação no ano de 2024. Foram R$ 10 mil gastos durante 6 meses em restaurantes, o seu tour gastronômico passou por diferentes estados do Brasil e até mesmo fora dele.
Em nota enviada pela sua assessoria de imprensa à CNN, o deputado informou que houve um erro por parte da equipe e da Câmara dos Deputados. “resultando no reembolso de itens não permitidos” e que “não há por parte do parlamentar ou de sua equipe qualquer tentativa de custear itens não permitidos com a cota parlamentar”.
Deu no Diário do Poder