Furacão Beryl deixa sete mortos no Caribe ao avançar em direção à Jamaica

Foto: Ricardo Makyn/AFP

O furacão Beryl avança em direção à Jamaica nesta quarta-feira (3), trazendo consigo ventos potencialmente mortais e tempestades. Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos, o furacão já causou a morte de pelo menos sete pessoas e danos significativos no sudeste do Mar do Caribe. Beryl é o primeiro furacão da temporada 2024 no Atlântico e deve atingir a Jamaica como uma tempestade de categoria 4. Este furacão se destacou por ser o primeiro a alcançar essa categoria em junho e a subir para categoria 5 em julho, desde o início dos registros do NHC. O órgão emitiu um alerta de furacão para a Jamaica, prevendo chuvas intensas, inundações repentinas e ventos devastadores. O país está se preparando para a chegada da tempestade: abrigos estão sendo abastecidos, moradores estão protegendo suas casas e barcos foram retirados da água.

O primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness, pediu à população que se prepare: “Insto todos os jamaicanos a se abastecerem com alimentos, baterias, velas e água. Protejam seus documentos importantes e removam qualquer árvore ou objeto que possa colocar em perigo sua propriedade”. Beryl também deve passar perto ou sobre as Ilhas Cayman na noite de quarta-feira ou madrugada de quinta-feira. Na República Dominicana, ondas gigantes foram registradas na costa de Santo Domingo quando a tempestade passou pelo sul do país. O furacão já deixou um rastro de destruição, com três mortos em Granada, um em São Vicente e Granadinas, e três na Venezuela. Em Granada, a ilha de Carriacou foi severamente afetada, com casas, telecomunicações e instalações de combustível destruídas. “Praticamente não temos comunicação com Carriacou há 12 horas”, informou o primeiro-ministro Dickon Mitchell.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupação com a região e afirmou que a entidade está pronta para apoiar as autoridades locais. Especialistas afirmam que é raro uma tempestade tão poderosa se formar tão cedo na temporada de furacões, que vai de junho a novembro. As águas do Atlântico Norte estão mais quentes do que o normal, contribuindo para a formação de furacões mais fortes. A NOAA prevê uma temporada de furacões “extraordinária”, com até sete furacões de categoria 3 ou superior.

Simon Stiell, Secretário Executivo do Fundo das Nações Unidas para a Mudança Climática (UNFCC), atribui a crescente intensidade dos desastres naturais à crise climática. “Os desastres em uma escala que costumava ser própria da ficção científica estão se tornando realidade, e a crise climática é a principal culpada”, declarou. Às 9h de Brasília desta quarta-feira, o furacão Beryl tinha ventos sustentados de 230 km/h, movendo-se em direção à Jamaica e às Ilhas Cayman. Alertas de furacões e tempestades tropicais também foram emitidos para partes do Haiti e da Península Mexicana de Yucatán.

*Com informações da AFP

Publicada por Felipe Cerqueira

Deu na JP News

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