O senador Rogério Marinho, presidente do PL no Rio Grande do Norte, minimizou as últimas divergências que teve com o ex-senador José Agripino Maia (União Brasil) quanto ao lançamento de candidaturas para prefeito nas eleições de 2024.
Nas últimas semanas, a relação entre os dois tem sido alvo de especulações porque, apesar de estarem juntos em uma aliança em Natal, PL e União Brasil estão em palanques diferentes em cidades como Mossoró e Parnamirim.
Em entrevista à 98 FM nesta segunda-feira (24), Rogério Marinho afirmou que “não deve satisfações” a José Agripino e destacou que seu acordo político é com os candidatos, não com os partidos deles. Ele afirmou que decidiu apoiar Paulinho Freire (União Brasil) em Natal após conversar diretamente com o pré-candidato.
Rogério Marinho minimiza divergências com José Agripino e Álvaro Dias: ‘Não devo satisfação’
Líder do PL no Estado afirmou que seu acordo político para Natal é com Paulinho Freire, não com o partido dele nem com o projeto de Álvaro Dias para 2026. pic.twitter.com/I4MSi58omA
— 98 FM Natal (@98FMNatal) June 24, 2024
Em vários momentos da entrevista, o senador declarou também que o apoio dado a candidatos em 2024 tem como meta receber retribuição em 2026, quando o PL pretende ter candidaturas majoritárias no Rio Grande do Norte (ao Senado e ao Governo do RN).
“Eu não devo satisfação ao senador José Agripino, nem ele me deve. Eu presido um partido, e ele preside o partido dele. Na convergência que fizemos aqui em Natal, a minha relação foi diretamente com o deputado Paulinho Freire, a quem eu conheço há mais de 40 anos”, afirmou Rogério, ao programa Repórter 98.
Sobre Parnamirim, onde o União Brasil decidiu apoiar Professora Nilda (Solidariedade) em detrimento de Salatiel de Souza (PL), Rogério Marinho afirmou à 98 FM que é José Agripino Maia que tem de explicar por que estará em um palanque diferente de nomes da legenda como os deputados Benes Leocádio e Paulinho Freire.
“Quem tem que explicar o que está acontecendo é o presidente do União Brasil. Aqueles que têm mandato dentro do União Brasil, e que fazem política em Parnamirim, todos estão com Salatiel. O presidente do partido, José Agripino, não está com Salatiel. Há alguma dificuldade que ele deve ter a explicação adequada”, enfatizou Rogério Marinho.
Relação com Álvaro Dias
O senador Rogério Marinho acrescentou que tomou a decisão de abrir mão de indicar o vice na chapa de Paulinho Freire após conversar com o próprio pré-candidato, e não com o prefeito Álvaro Dias (Republicanos) – que acabou sendo o responsável pela indicação, sugerindo Joanna Guerra (Republicanos).
O líder do PL não descartou, ainda, a possibilidade de ele e Álvaro Dias estarem em projetos políticos distintos em 2026, o que pode deixar Paulinho Freire na posição de ter de definir entre um e outro. A eleição de 2026 é a maior prioridade do PL, segundo Rogério Marinho.
“Nem eu devo satisfação ao prefeito Álvaro nem ele me deve satisfações. Nossa conversa foi com o deputado Paulinho Freire”, afirmou Rogério. “Nenhuma conversa política eu tive com o prefeito. Não significa que a gente não possa ter. Estamos muito tranquilos”, enfatizou.
Sobre a possibilidade de ele e Álvaro Dias terem projetos divergentes em 2026, principal meta do PL, ele afirmou: “Não tenho dúvida de que, quando o deputado Paulinho conversou conosco e conversou com o prefeito Álvaro Dias, deve ter levado isso em consideração. Eu só posso dizer que a nossa conversa foi anterior”.
Deu no Portal da 98
