Brasil tinha 9,4 milhões de empresas ativas em 2022, com 62,7 milhões de pessoas ocupadas, aponta IBGE

Foto: Arquivo/Agência Brasil

 

O Brasil tinha 9,4 milhões de empresas e outras organizações formais ativas em 2022, com 62,7 milhões de pessoas ocupadas ao todo. Desse contingente, 50,2 milhões (ou 80%) eram trabalhadores assalariados enquanto os restantes 12,5 milhões (20%) atuavam no mercado na condição de sócios e proprietários.

Ao todo, o montante pago em salários e outras remunerações totalizaram R$ 2,3 trilhões. O salário médio mensal foi de R$ 3.542, o que equivalia a 2,9 salários-mínimos (o valor do salário-mínimo era de R$ 1.212 em 2022).

As informações são da pesquisa Estatísticas do Cadastro Central de Empresas – 2022 (Cempre 2022), divulgada nesta quinta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, o terceiro ano da pandemia, a economia brasileira cresceu 3%, após recuo de 3,3% em 2020 e alta de 4,8% em 2021.

Por causa de uma mudança na metodologia da pesquisa, os dados da Cempre 2022 mostram um retrato das empresas em 2022, mas não podem ser comparados com anos anteriores. Com isso, houve interrupção da série histórica, que começou em 2007 e foi até 2021.

Do total de 9,4 milhões de empresas ativas, 6,6 milhões eram sem pessoal assalariado (69,6%) e 2,9 milhões com pessoas assalariadas (30,4%). As empresas sem pessoas assalariadas ocupavam 8,4 milhões de pessoas (13,5%), todos sócios e proprietários, o que corresponde a 67,4% desse grupo. Já as empresas com assalariados empregavam 54,3 milhões de pessoas (86,5%), sendo 50,2 milhões assalariados e 4,1 milhões sócios e proprietários.

Na análise por perfil da atividade, as empresas de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas lideravam, com 29,1% do total das companhias ativas e 21% do pessoal ocupado. Em segundo lugar vinha o segmento de atividades administrativas e serviços complementares, com 9,8% das empresas e participação próxima (9,7%) dos trabalhadores. As indústrias de transformação, por sua vez, embora representassem apenas 6,2% do total das empresas empregavam uma parcela de 14% dos trabalhadores.

A pesquisa Cempre é realizada anualmente com informações de registros administrativos oficiais, como Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), e o sistema eSocial, e pesquisas anuais do IBGE em comércio, serviços, indústria e construção civil.

Entre as mudanças ocorridas em 2022, houve aumento do contingente de empresas que informa seus dados pelo eSocial. O grupo agora inclui empregadores optantes pelo Simples Nacional e entidades sem fins lucrativos; empregadores pessoa física (exceto doméstico) e produtores rurais pessoa física. Antes disso, as informações dessas empresas vinham da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

“Desde 2019, quando o eSocial passou a ser usado, ainda era pouco representativo, tanto em número de empresas quanto de funcionários. E o IBGE conseguia fazer as estimativas [das diferenças em relação à Rais]. Com a entrada desse grupo em 2022, que representa mais de 70% das empresas, essa estimativa perdeu qualidade e decidimos pela interrupção da série histórica”, explica o analista da pesquisa Thiego Gonçalves Pereira.

Fonte: Valor Econômico

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