Brasil se recusa a assinar declaração de cúpula que quer paz na Ucrânia

Foto: EFE

 

A Cúpula da Paz na Ucrânia, que reuniu cerca de 60 líderes mundiais e representantes de 90 governos, terminou neste domingo (16) com uma declaração conjunta apelando à segurança do trânsito nuclear e marítimo. Mas o Brasil e 12 outros países em desenvolvimento e os parceiros da Rússia em certos fóruns se recusaram a assinar o documento.

As informações são do governo da Suíça, país que foi o anfitrião da cúpula.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez viagem à Europa nesta semana, decidiu não participar do encontro. A ausência foi proposital. Segundo a agência de notícias Reuters, o governo brasileiro pensa que não fazia sentido participar da cúpula, pois “não envolve os dois lados em conflito”.

O ditador russo Vladimir Putin não foi convidado. Por isso, Lula rejeitou os convites de Viola Amherd, presidente da Suíça, e enviou a embaixadora brasileira no país como representante.

Além do Brasil, também se recusaram a assinar Índia e África do Sul — que fazem parte, juntamente com Rússia e China, do grupo de economias emergentes Brics —, assim como o México.

Também não assinaram o documento Armênia, Bahrein, Indonésia, Eslováquia, Líbia, Arábia Saudita, Tailândia e Emirados Árabes Unidos, enquanto 80 nações o fizeram, incluindo a grande maioria dos países da União Europeia, Estados Unidos, Japão, Argentina, Chile e Equador.

No final da segunda sessão plenária de líderes, realizada hoje, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu às delegações pela sua participação e por compreenderem que “estamos todos interessados ​​no fato de não haver perigo nas centrais nucleares e outras instalações atômicas”.

“Estou grato que os participantes nesta conferência compreenderam isto e a necessidade de restaurar a segurança total na fábrica de Zaporizhzhia, capturada pela Rússia”, acrescentou.

“Agradeço também a cada um de vocês por nos apoiar em nossos esforços para garantir uma navegação segura e preservar o livre fluxo de alimentos”, disse o mandatário ucraniano.

“Quero enfatizar que a segurança alimentar é vital, não somente para os países do Sul Global, mas literalmente para todos os países do mundo. Qualquer perturbação nos mercados de alimentos é um caminho direto para o caos que a Rússia deseja”, disse Zelensky.

O documento produzido pela cúpula defende a integridade territorial da Ucrânia perante a invasão russa e pede que o país invasor colabore com troca de prisioneiros de guerra inteiramente e devolva crianças.

Informações da Gazeta do Povo

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