Após festa polêmica com nudez e dinheiro público, vereadora do PT pede licença

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Foto: Divulgação/Câmara de Campinas

 

A vereadora Paolla Miguel (PT), da Câmara Municipal de Campinas, em São Paulo, pediu licença do cargo que ocupava no diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) após a repercussão gerada por um evento ocorrido no último dia 14 de abril que teve apresentações musicais e performances com teor pornográfico. O show foi realizado com uma emenda direcionada por Paolla.

Ao ser questionada sobre o caso, Paolla disse estar sendo alvo de uma perseguição política e alegou que não participou da contração dos “artistas” e desconhecia o conteúdo das apresentações. Segundo ela, outras edições da festa da Bicuda, nome do evento alvo de polêmica, já foram apoiadas pela Secretaria de Cultura de Campinas.

SOBRE O CASO
Na última quarta-feira (17), a Câmara Municipal de Campinas aprovou a abertura de uma Comissão Processante (CP) contra a parlamentar. A instauração da CP foi aprovada por 24 votos a 6, e agora a comissão tem 90 dias para apurar a acusação e apresentar um relatório, que deverá ser votado em Plenário. O resultado poderá ser a cassação, ou não, do mandato da parlamentar.

O autor do pedido foi o vereador Nelson Hossri (PSD), que denunciou a petista por infração ao Código de Ética da Câmara e à Lei Orgânica do Município. A Prefeitura de Campinas publicou no Diário Oficial do Município, na última terça (16), uma medida que determina a adoção de classificação indicativa nas atividades culturais realizadas ou apoiadas pela Secretaria de Cultura.

O polêmico evento financiado com dinheiro público ocorreu no último domingo (14). As imagens com nudez circularam nas redes sociais. O caso também levou a um pedido de abertura de uma ação civil no Ministério Público de São Paulo (MPSP), solicitada pelo deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania), para que a cidade fosse ressarcida em R$ 765 mil pelo financiamento da festa.

Em uma nota de esclarecimento publicada nas redes sociais, os organizadores explicaram que se tratava de uma festa voltada ao público LGBTQIA+ e, desde sua criação, em 2018, nunca foram questionados sobre o conteúdo artístico das apresentações.

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