Nesta terça-feira (9), o empresário Luiz Carlos Efigênio Pacheco, proprietário da Transwolff, foi preso em uma operação do Ministério Público contra empresas de ônibus suspeitas de terem vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele havia doado R$ 75 mil na eleição de 2020 para Antonio Donato (PT), um dos coordenadores da pré-campanha à prefeitura de Guilherme Boulos (PSOL).
Segundo o jornal, essa doação foi a segunda maior individualmente recebida por Donato, que concorria ao cargo de vereador naquela eleição e foi eleito. Atualmente, ele exerce o cargo de deputado estadual, conquistado em 2022.
Essa doação feita a Donato, hoje um dos responsáveis pelo programa de governo de Boulos, foi a única contribuição do empresário nas últimas cinco eleições.
Em resposta à reportagem, Donato afirmou ao Painel que foi contatado pessoalmente por Pacheco para realizar a doação. “Ele expressou o desejo de ajudar alguém da oposição e me procurou. Eu assegurei que, por ser uma doação oficial, não haveria problema”.
Donato também declarou que não possui proximidade com o empresário e que o encontrou apenas algumas vezes nos últimos anos. Ele mencionou um encontro em 2012, em frente à padaria da Câmara Municipal, quando uma cooperativa havia declarado apoio ao candidato a prefeito Celso Russomanno, e Pacheco o procurou para afirmar que era um caso isolado no setor de transporte. Naquela época, Donato era presidente municipal do PT.
Sobre as suspeitas de ligação da empresa com o PCC, Donato respondeu: “O que posso dizer é que tudo precisa ser investigado”.
Informações da Folha de S.Paulo.