O presidente estadual do PL e líder da oposição no Senado Federal, senador Rogério Marinho, esclareceu pontos da ação em curso na Justiça Eleitoral propondo eventual cassação do registro do partido por supostas violações que teriam sido cometidas contra o Estado de direito. “Nós estamos muito preocupados com a escalada escalada autoritária de um partido (PT) que tem se notabilizado pela dificuldade de conviver com as opiniões contrárias. É impressionante que nós estejamos já há um ano e dois meses do final da eleição passada e a palavra mais ouvida, mais comentada é Bolsonaro”, disse o senador potiguar.
Para Rogério Marinho, “não é por acaso que nós estamos assistindo a uma espécie de desespero, de dificuldade de conviver com a notoriedade positiva, com a bela receptividade que o presidente Bolsonaro tem pelos lugares em que ele transita”.
Marinho disse que existem quatro motivos para se pedir o cancelamento de um partido político, “nenhum deles diz respeito ao temor que um adversário porventura tenha de ser suplantado numa eleição”. O senador citou que o primeiro motivo “é ter recebido ou estar recebendo recurso financeiro de procedência estrangeira. Sobre esse fato, está fartamente noticiado que o Partido dos Trabalhadores já teve acusações a respeito desse tema, não o PL”.
Outro motivo é “estar subordinado a entidades ou governos estrangeiros. Sobre esse item, a própria criação do Foro de São Paulo, em 1990, por chamamento e articulação de Lula e do então Presidente Fidel Castro, de Cuba, mostra claramente que há uma articulação internacional para subjugar os interesses do Brasil aos interesses de uma pretensa esquerda internacional”.
Segundo Marinho, opiniões naturalmente têm que ser colocadas e a divergência tem que acontecer no foro, no local onde se discute a política, “que é justamente no Legislativo, nas praças públicas, e a Constituição assegura o direito de reunião, quem pode ter algum problema é o próprio Partido dos Trabalhadores”. Rogério Marinho lamenta esse tipo de situação, porque “nós estamos vivendo um momento no Brasil onde há necessidade de pacificação, de temperança, de se entender e se conviver com as opiniões contrárias”.
“Recentemente ouvimos um discurso de que a lei e o Estado de direito estavam sendo ultrapassados, porque as investigações em curso na Operação Lava Jato, que, aliás, me permita são 183 colaborações premiadas, 43 acordos de leniência, R$ 25 bilhões devolvidos, e, depois de cinco anos, a Justiça entendeu, depois de três instâncias, que havia incompetência do magistrado. Em seguida, houve a suspeição, praticamente colocando por terra uma operação que galvanizou o nosso país”.
Porém, continuou Marinho, “estamos vendo que o Estado de direito vem sendo ultrapassado e a democracia vem sendo golpeada, em nome da democracia. Nós estamos abrindo mão do princípio do juiz natural, da imparcialidade, do devido processo legal, do fato de que, no caso específico, quem preside o inquérito é a pretensa vítima”.
Deu na Tribuna do Norte