A brasileira Patrícia Lelis, famosa por acusar de estupro o deputado Marco Feliciano (PL-SP), sendo desmentida pela polícia, é acusada pela Justiça norte-americana de se passar por advogada de imigração e fraudar clientes interessados em investir nos Estados Unidos. A farsa rendeu à apoiadora de Lula um valor de aproximadamente US$ 700.000, o que equivale a R$3,4 milhões. Segundo a acusação, para emplacar o golpe, a militante petista contou com uma rede de amigos e a utilização de diferentes ‘personas’.
Patrícia, que no Brasil diz que é jornalista, mas no EUA se passava por advogada, usou o dinheiro das fraudes para dar entrada em uma casa na cidade de Arlington, estado do Texas, fez reformas de banheiros e pagou dívidas de cartão de crédito.
Os vistos prometidos se encaixavam nas categorias E-2 e EB-5, esta última modalidade proporciona residência permanente legal e possível cidadania para cidadãos estrangeiros que buscam investir em fundos substanciais da economia norte-americana.
A Procuradoria dos Estados Unidos no estado da Virginia concluiu que desde 2021 a petista atua enganando pessoas interessadas em morar nos EUA. Ela chegou a enviar proposta a uma vítima para liberar vistos EB-5, dizendo que o valor pago, um total de US$ 135.000 (quase R$ 700 mil), seria encaminhando a um fundo de desenvolvimento imobiliário.
Patrícia também teria convencido amigos a se passarem por funcionários do fundo de investimento do Texas em ligações e videochamadas com uma vítima.
A acusação esclarece que a militante do PT não é advogada licenciada e que os documentos que fornecia aos clientes eram falsos.
“Ela também é acusada de ter falsificado formulários de imigração dos EUA, forjado múltiplas assinaturas e criado recibos falsos do projeto de investimento do Texas, todos os quais ela enviou por e-mail para uma vítima. Lelis Bolin também supostamente criou falsas personas associadas ao fundo de investimento do Texas e enviou e-mails desses indivíduos para tentar obter ainda mais dinheiro”, diz a Procuradoria da Virginia.
Ameaças e coações também fariam parte do modus operandi, quando as vítimas perdiam a fé e se recusavam a enviar dinheiro.
“Quando uma vítima finalmente se recusou a enviar-lhe mais dinheiro, Lelis Bolin supostamente ameaçou seus pais e depois a encaminhou para uma agência de cobrança”.
Se condenada, a brasileira terá que cumprir 20 anos de prisão por fraude eletrônica, 10 anos por condenações monetárias ilegais e pelo menos dois anos por roubo de identidade.
A petista usou a rede social X para se defender. “De ontem para hoje eu escolhi os jornalistas que eu e meu advogado repassamos as informações que vão ser logo publicadas. O governo norte-americano tem a versão deles, eu tenho a minha que inclui e-mails, fotos, vídeos e ligações. Vocês acham que internet é feita pra ser tribunal, e não é assim que as coisas funcionam”, escreveu.
Deu no Diário do Poder